sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

E(u)scritora

Tenho pensado, pensado e pensado (pra varias, pensado muito) no motivo pelo qual eu ultimamente venho encontrando cada vez mais dificuldade em escrever qualquer coisa sobre qualquer assunto...

Não que eu tenha uma resposta exata e pronta na ponta da língua e dos dedos, mas percebo que tudo tem a ver com o meu pavor crescente de não ser compreendida e ter que tentar explicar tudinho nos mínimos detalhes.

Assim, eu subtraio-me.
Eu deixo de abduzir-me pelo meu próprio mundo, pelos meus próprios olhos e fico tentando explicar o que não precisa ser dito, o que justamente tem mais graça e acaba fazendo todo o sentido.

A escrita, que era o lugar ideal para minhas fugas, conflitos e ideias, torna-se uma prisão dolorosa que busca relatar o máximo de coisas possíveis, deixando de lado todo o "tcharam" que a conversa entre pensamentos gerada em mim mesma tem.

Quando me pergunto os motivos de tantas explicações, não encontro nenhum...
Ou encontro...
Talvez o medo de cair, se me suprimir, de ser trocada, abandonada, iludida, - tudo de novo - por quem menso pode me abandonar em todo e qualquer momento, de lucidez ou loucura: eu mesma.

"Quando o coração descansa a sorte vem".

Preciso descansar o coração...

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Beijos,
Eu

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Não sei se sei

Shhh...

Eu não sei o que se passa dentro de mim mesma...
Ou mais assustadoramente, posso saber e isso é apavorante também.
Shhh...

Silêncio, não quero ouvir nada agora. Preciso ficar sozinha com o monte de pensamentos que tenho e não tenho, que se chocam, encontram e desencontram, fazendo uma balbúrdia absurda dentro de minha cabeça.

Os gritos se chocam contras os espíritos e palavras e poetas mortos que ali pairam. Que correm e se debruçam sobre a minha angustiante solidão...

As palavras revoam todos os pensamentos. As ideias batem umas contra as outras, deixando um vento bem amargo de confusão.

Não sei o que pensar, não se sei, mas lá no fundo, talvez, bem sei...
Não quero mais voltar, não sei se quero ir.

E todos gritam palavras que também não sei quanto mais preciso e quero ouvir.
Não sei se sei, mas sei que sei... E continuo não sabendo.

É cansativo viver brigando com si mesmo...
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Um beijo,
Nina

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Lá e de volta outra vez...

Grrrrrrrrrrrrrrrrr.........
Que inferno astral que vivo!
Por vontade própria mandaria meio mundo tomar água do rio Tietê (ou do Buratti mesmo), pular da ponte do Rio das Antas, ir catar coquinho na esquina e por aí vai... Tudo em linguagem bem lindinha pra não ser "assustadora" demais.


Tenho saudade dos tempos em que a Megara vivia mais por aqui, e ela papeava diariamente sobre o Frodo, o Legolas e toda aquela turma, - Gollum, Gollum!
As vezes fico lembrando das longas aventuras dela Ciméria a fora, cuidando do seu lindo castelinho, alimentando o bando de tigrinhos brancos que seu adoravel maridinho trouxe de uma das longas batalhas...
Ela andava de saia, capa e espada. Herdara Katana de Círdan seu pai, bem como destreza e agilidade. Da mãe, Välie Ëste, vieram o senso aguçado, a doçura, e toda a habilidade com ervas, sentimentos e clarividência... Meio elfo que é meio elfo sempre preserva os seus.
Mas mais do que um RPG totalmente modificado por natureza, a saudade vem e toca fundo lembrando das noitadas viradas em companhia de Konan, Uglúk, Fox, Faramir, Heruost, Elgnib, Dirhil, Tisf, Lórien, Deza, Sujo, Ka Bral, Gabil Nala, pmk (assim mesmo), e demais, mas demais mesmo seres indestrutíveis e inesquecíveis...
Boas lembranças de noites viradas tchacolando e planejando amizades eternas, encontros, reencontros e toda forma de se manter contato.

A internet abre portas e quem tem juízo as usa para conhecer o mundo. Expandir o mundo e nunca mais voltar ao "seu estado original".

Mudam-se capas, espadas, escudos.
Alguns heróis caem por terra. Alguns vilões perdem máscaras. E alguns corações duros começam a amolecer...

Bons tempos aqueles...

Grandes amigos virtuais, que não importa o tempo, nem a distância, estão presentes nos e-mails, fotos, recordações para uma vida inteira...

E a senhora Megara se recolhe. Novamente guarda sua espada e volta o rosto ao jardim...
Onde estarão todos aqueles rostos que o tempo não apaga?

Não sei, talvez em alguma página esquecida, não publicada, enterrada e perpetuada pelo eterno mestre...
Que talvez, no final de todas as contas, esqueceu de nos escrever...

Beijos, com todo carinho
Megara Fëanturi-Angrembor