quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Marinolices

Este recado é um daqueles "mais do mesmo", mas não um "mais do mesmo" qualquer, e sim "mais do mesmo da Marina", então, já viu... Senta ali queitinho e "guenta", por que é uma vez a cada século...

Não falemos de 2010... Em teoria pelo menos, pois preciso agradecer pela compreensão-não-compreendida por minhas tantas faltas por causa do CTG, por permitirem-sem-permitir a minha distância, os meus tiltes, meus surtos, meus estresses e minhas crises existenciais... Com direito a ataques de riso e muitas crises de choro... Se bem que eu andei tão atarefada, tão preocupada, tão correndo, que nem pra chorar eu tive tempo... Não que vontade não tivesse...
Lembro sempre de cada um.
Tenha certeza que quando eu deito o cabelo no travesseiro, ou quando me pego sozinha bem no meio de um monte de gente, bem no meio da minha invernada, eu quase morro de tanta tristeza por lembrar - e ter bem presente - o quanto cada um me faz falta... E o quanto eu sei que posso fazer falta.
É a minha afilhada, é o meu amigo, é a minha família, é a Mona, é a Luna, é a minha prima, é aquela pessoa que me ensina muito, é aquele ser que nem sabe que eu existo, mas que faz uma tremenda diferença na minha vida... Como dói chegar no fim do ano e se dar conta dessas pequenas dores diárias...

O inexplicável não tem explicação, né...
Bom, em se tratando de eu, se tivesse uma, uminha explicação lógica, já sabemos que seria, bem, sei lá... Qualquer outro ser, menos yo misma!

Não vou prometer nada, por que, sempre digo aos chegados: não acreditos em promessas, acredito em ações. Então, só vou dizer (e me ajude a lembrar e fazer, por favor!) que serei sempre eu mesma, apaixonada pelo Nenhum de Nós, um ser humano sem pino de centro, pronto para fazer as maiores ridiculices do planeta, uma manteiga derretida, chata, rebelde, briguenta, uma monstar de tão ruim e uma pessoa presente.

Com tudo isso, quero dizer que aprendi muito contigo, lembrei muito de ti (sempreeee), e que QUERO (sentiu o poder da palavra???) que o teu ano seja maravilhoso, alegre, divertido, feliz! E que tudo aconteça quando e como tem que acontecer. Nem antes, nem depois.
Que seja leve e sereno e feliz! ; )

Te adoro muito e desejo muito eu na tua vida em 2011, meu amigo!

Beijos,
Marina

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mimferrei

Nunca falei que as vezes eu só quero nada?
Pois então... As vezes eu só quero ficar entocada no meu mundinho escondido, fazendo nada de útil e tudo de inútil, como por exemplo: nada.
Amanhã eu já sei que é um dia assim. Linda frase, não? É que agora, eu nem dormi ainda, então amanhã ainda é hoje. Entendeu? ; )

Bom, enfim. Eu queria ficar em casa, com meus tornozelos inchados por casua do baita sol que peguei na segunda. Sem protetor, sem bronzeador, sem nada, além de água e sol. Não tenho paciência pra bronzeado, então eu olho pro sol, ele olha pra mim e pronto! Tenho que ficar "colorida". Neste caso, literalmente, por que eu fiquei nada mais, nada menos do que vermelha. Assim mesmo na cor que mostrei.
Tá.

Queria eu ficar pensando na minha nada mole vida, no que eu pretendo fazer, no que quero pra mim, no que preciso construir, nas coisas que eu tinha que ter ficado quieta, no que é preciso arriscar e no que eu não devo arriscar NUNCA. Bem assim, grande, espalhafatoso, pra "nunca" valer e ser efetivado, visto que a pessoa aqui já arriscou, por que ousar era o melhor, e? E? E? Se frodeu... Bem assim também, com a benção de Frodo, pra não ficar tão feio assim...

Por que quando a gente não quer fazer nada tem mil convites pra aceitar? E quando a gente quer fazer alguma coisa não tem absolutamente nada pra fazer?
Já sei, é da mesma ordem da divina lei que garante QUE quando tiver um convite, algo pra se fazer, bem bom, mas bem bom mesmo, tenha certeza que duas ou mais coisas bem boas acontecerão no mesmo momento, e você, queridinho, vai ter que optar por uma só.

Enfim...
Eu queria ficar em casa, cozendo a minha "amarguidão", refogando as minhas coisas chatas, pesquisando no Google quando é que as coisas boas vão acontecer pra mim. Queria que a Wikipedia (eu estou com preguiça de procurar com ose escreve isso certo) me dissesse com certeza absoluta que ali, na próxima página alguma coisa boa vai acontecer... Alguma das coisas que espero.

Entra ano e sai ano e eu tento me convencer que "agora vai", "agora vai", mas nunca dá... Não, não é pessimismo, é constatação. A sorte, o acaso, o acontecimento, está sempre na porta ao lado. Nunca acerta a minha campainha, acredita?!
Se vai pra um lado, sei vai pra outro, se vria, corre, dobra, desdobra, faz igual, faz diferente, tenta, retenta, muda... E nada...? Nunca!?
Não, em outra vida eu devo ter sido uma sei lá o quê, marafona, desgraçada, idiota, vacona... Sei lá. Fui algo muito ruim pra ter escolhido "passar assim" nessa vida, hein... Buscando semrpe algo que está lá... Lá. Não, tá lá. Lá. Opa, desculpe, é lá... Gente... Imagina só. Ou não, me dá até vergonha de imaginar o que é que eu fiz pra decidir voltar sendo assim. o.O

Pois, enfim, vou dormir, que meu papo quando estou com sono é um melodrama... Bom, sono, eu estou com sono, mas quem das eus escreve isso?... ... ... ... ...
MistÉÉÉÉrio.

Aí que está. Eu queria ficar no meu casulo. Pro resto da vida.
Ou não...
É que eu me encho de coragem, e 12 milésimos de segundo depois, perco tudo. hehehe

Pois é... Acho que as eus estão se pegando pelos cabelos...
Então vou cumprir com a ordem do dia pra não decepcionar ninguém. Além de mim.

Beijos

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PA-PO

Andamos tão cansadas...
Mil coisas a fazer, pensar e planejar. Tudo sempre acontecendo ao mesmo tempo, e no fim, nada acontece...

Todas estão cansadas. Cansadas da solidão, da tristeza, do carrossel de altos e baixos, de sobes e desces, de idas e idas.
Algumas alertam que é chegada a hora de cartões e agradecimentos sinceros... Mas nenhuma tem vontade de escrever nada, de dizer nada, nem de mostrar nada. Estão todas cansadas se serem elas mesmas sem serem ninguém. Cansadas de gritar mudamente, de ouvir, de correr, de cansar e descansar.
Nada muda no mundo...

E tudo muda.
A idade chega, mas nada parece mudar. Elas olham para trás e não enxergam caminho nenhum. Nenhuma residência, tampouco alguma coluna, viela, trilho. Nada. Nenhuma construção.

Há sim os pequenos e indeléveis prazeres da vida... Mas daqui há pouco, restará alguma lembrança?
Mudar o quê? O quê mudar? Para onde seguir quando as paisagens nunca mudam?

Premonições... Será que existem ou são apenas reminiscências de uma esperança?

Sei lá... Andamos tão cansadas, que nem esperar mais se sabe... Se crê.

Então, quem sabe, depois de dormir mais de 8 horas, quem sabe, alguma ideia fresca apareça na cabeça...

Mas é tão cansativo andarmos todas tão "sós".

Eus

domingo, 5 de dezembro de 2010

Fim, fim, fim OU O que não tem início, nem meio ou fim

Correria. Assim poderia ser descrito o ofício daquela noite. Nada mau para fechar um dia de igual expressão: correria.

Era entrega um prato ali, prepara outro aqui, corta mais pepino, estão pedindo queijo, querem copa, rápido com o salame, busca mais galeto, limpa a bandeja de batata. Com licensa, por ali, por aqui, pra lá, rápido! E num repente a paisagem mudou... Aquele querido, o monumento secreto, o sonho dos nossos consumos, a alegria de nossos olhos, o bonitinho de nossos corações adentrou no ambiente, oferecendo seus serviços, sua ajuda, e exaltando secretamente nossa paz de espírito.

Ah se ele me concedesse uma dança, uma mísera dança, uma dancinha se quer...

No meio da correria, repentinamente o mundo para... Como as cenas lentas de Matrix... Daqueles repentes que mal se acredita, mal se sonha, mal se vive... Ele, aquele símobolo dos sonhos inatingíveis interrompe a louca movimentação, naquelas cenas de cinema, e na voz mais doce e suave do Universo "profere":
- Nina... ... ... ... Quando começar o baile...........
Meio milésimo de segundo: não se pdoe acreditar! Não se pode crer, ver, estar! Não acredito! O coração galopeia... Ele vai...
- Podemos tirar os buffets.. ... ...?
- Sim. Quando começar o baile.

E acabou-se mais uma história... Que nunca começou.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vem pro Rancho da Saudade...

Vou, não vou.
A preguiça consome um ser humano. Os gastos também. Sem contar o estresse de dividir dois chuveiros com umas 50 pessoas diferentes... Dividir o banheiro também, e descobrir quão porca - desculpem os porcos - mulheres podem ser...

Fui.

AINDA BEM.

O que eu vi em Santa Cruz do Sul, na final do ENART 2010 me faz ter orgulho sei lá do quê, mas faz ser imensamente feliz por ter ido até lá e presenciado uma revolução armada, de voz e sentimento, que sem rosto, pode mostrar sua vontade e gritá-la aos quatro cantos do Rio Grande.
Uma vontade, um sentimento que explodiram e retumbaram num ginásio lotado clamando pelo que o espírito escolheu, pelo que tocou a alma e fez aflorar o sentimento mais profundo do ser... Ser gaúcho? Ser humano? Ser tradicionalista? Ou apenas ser cansado do mesmo de sempre de novo...

Sinto-me orgulhosa por ter presenciado cena (ou cenas) tão forte e comovente, da aclamação de um grupo de danças que não conquistou o almejado 1º lugar em notas, nem o trofeu que carrega, mas que ganhou um trofeu muito mais difícil de ser verdadeiramente conquistado: o carinho, o respeito do público.

Não sei como se reage a algo assim... Como o meu coração reagiria, visto que trabalha-se durante mais de um ano, mais de 24 horas por dia, trancafia-se dentro de um salão e ensaia-se exaustivamente com chuva, sol, temporal, granizo...
Eu vi o agradecimento de verdadeiros campeões.
Não se consola o inconsolável, mas como negar e esquecer, deixar passar batida a vitória do coração sobre a "precisão" dos 0,002 diferenciais entre o 1º e o 2º?

Sinto o maior orgulho do mundo por ter estado lá e também ter gritado, aplaudido, chorado, vaiado e sentido a energia que eu senti.

Tudo anda tão para trás, os valores não são mais os mesmos, a tirania dominda e impera no palco, nas regras que o moldam. A ditadura é enorme. Os sem-face puderam dar voz ao coração e por para fora toda a carga negativa acumulada por tanta opressão... Por tantos erros esdrúxulos... Sim, senhor! Abaixar a cabeça, dizer "sim", seguir regras que não poderiam e nunca deveriam ser seguidas. Punições eternas pela discordância, mesmo que correta.

E o povo chamou, e o povo gritou e o povo consagrou o que a pele e o espírito sentiram...

Tenho orgulho de me manter ativa no palco, no CTG, especialemnte pro que agora eu sei que há muitos que zelam pelo mesmo que eu, que prezam a verdade, que sentem e fazem sentir.

Eu, só posso terminar esse desabafo torto, mas feliz da maneira que o ginásio inteiro de Santa Cruz fez, não ouvir, mas sentir: RAAAAAAAAAAAAAAAAAAANCHHHHHHHHHHHOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!

Grandes Provincianos!
Um dia eu chego lá!

Beijos,
Nina

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eu não estou aqui

Vamos combinar algumas coisinhas... EU não preciso ser educada sempre, né? Nem querida e simpática, né? Também não preciso explodir, extravasar diretamente pea cima das pessoas, né? (pelo menos por enquanto, né?) Não preciso ficar engolindo idiotinhas e falsos deuses do "interesse e da boa vontade", não?
Tá...
E na faculdade "ensinam" a gente que os poetas, os escritores, escrevem e se "escondem" atrás de personagens, não, quero dizer, ensinam que NUNCA o que eesta´escrito é o que o autor pensa ou é...
Então, tá legal! Super bom!
Por que quando eu começar a escreverr, vou fecahr os olhos e imagianr que estou dizendo as verdades que eu quero para uns idiotas aí, mas como EU-escrevente não sou o eu-lírico do texto... Não terei peso na cuca, por que eu escrevi tudo sem escrever nada!?
Protno.
Fácil assim!

Se tu tem tempo e pode ir. QUE BOM! Por que sinceramente, neste momento, tem gente que não pdoe tirar as raízes do chão.
Se tu resolveu que agora pode, e se acha no direito de mandar mensagenzinahs subliminares para mostrar tua superioridade. Que legal! É prova de que finalmente começou a trabalhar e fazer algo de produtivo pela tua própria sociedade e pelo terreno que por tanto e tanto tempo cercaram e recobriram teus pés (cansados, preguiçosos, vagos...).

Se tu acha que o teu esforço é maior, o mais justo, o mais venerável, o mais incrível. Fico feliz que tenha pensamentos "alegres" e otimistas para com a tua própria pessoa.
Se tu acha que ninguém ao teu lado está doando quantia suficiente de sangue e suor, e que todos deveriam arder na mármore do inferno, ouvindo Restart e um funkzão bem brasileiro... Fico bem animada, pois é sinal de que você abriu os olhos e saiu da idiotice cotidiana em que estava instalada, e agora entende por que algams pessoas se irritam a valer e soltam o verbo...

É tão bom ver que tu saiu do teu pedestal de superioridade e arregaçou as manguinhas pra trabalhar. Vai sujar as maõzinhas, querida bonequinha!

E agora, cala a tua boca estúpida e faz alguma coisa sem COBRAR. E veja se enxerga quem doa o seu tempo de vida pra que tu possa manter o teu pedestal bem lindinho, enquanto tu nada faz.

ODEIO gente idiota.

Nã ofalei, nada com nada, e, inclusive, estou "por aqui", aidna com palavras entaladas na garganta...
Mas deixa estar jacaré... A tua lagoa também háde secar...

Uia, gentinha!

Thcau pa tu!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Saudade

Eu preciso contar...
Resolvi que hoje ia sim, deixar a rebeldia de lado, e levaria as térmicas de café e chá na cozinha pra D. Dilma encher.
Ninguém me disse que a cozinha do café mudou de lugar. Minha rebeldia voltou.

Sem paciência para perguntar a direção, eu ia voltar com as térmicas, e "se" tivesse vontade, voltava pro Núcleo (onde trabalho) e me ia de volta "em busca da cozinha perdida".
No meio do caminho, encontro uma professora desfilando com térmicas na mão, que gentil comenta sobre o passeio para buscar café. Então, a rebeldia passa e pergunto aonde fica, e logo me vou, buscar café "lá perto da lavanderia".

Entrei.
Há anos, há anos não entrava lá.
Foi só passar a cerquinha que o ar mudou. Sério, é verdade, parece que o ar mudou, como se o ar estivesse parado, como se há muito tudo tivesse parado.
Entrei na nova cozinha com um sorriso de orelha a orelha e falei pra D. Dilma que há muitos anos eu não entrava ali, local em que tínhamso nossas auals de Agroindústria. Que emprestou seus fogões, geladeiras e mesas para nossos experimentos de compotas, iogurtes, salames. E melhor, lugar pra onde fugíamos no recreio em disparada, pra pedir pro "paderro" um pãozinho quente pra comer.

A D. Dilma não deu a mínima para o que eu falei. Mas não consegui deixar de enxergar os meus amigos debruçados nas bancadas, nas mesas, a professora tentando explicar a fórmula do salitre, a porcentagem de condimentos. Enxerguei o nosso primeiro queijo... UM HORROR! Coagulante de menos, "potcheca" de mais.
Deu até pra sentir o gosto do iogurte que fizemos, e rever as colheradas de sabor aplicadas e misturadas pra dar um gostinho diferente.

Meu Deus, que saudade...

Larguei as térmicas e voltei. Passei pela porta com sorriso de orelha a orelha e lembrei da primeira vez que lá fomos.
Enxerguei o Bonês num canto, meio quieto, cabisbaixo, escondendo o choro... Confessando que aquele era seu primeiro aniversário sem a família...

Foi como se o mundo parasse a minha volta enquanto eu caminhava e enxergava todo mundo de novo.
Saí de lá sorrindo, mas com os olhos cheios de água salgada... Que até agora quer cair...

Me deu uma saudade... Mas uma saudade... De algo que eu nem sei o que é ou por que é, só sei que deu... E bateu tão forte, mas tão forte, que chega a doer no coração...

Acho que foi a melhor coisa que me aconteceu hoje. Nem sei se algo melhor acontecerá, mas que presente eu ganhei...
Deu saudade sim, e vontade de chorar... Mas foi uma sensação... Sei lá... Acho que eu não estou tão sozinha quanto penso.

Eu sinto muita saudade dos meus amigos. E acho que eu tinha me esquecido disso.

Gurizada, agricolinos... Eu amo muito vocês.

E acho que, sei lá... Eu adoro ir buscar o café. Falando nisso, já vou lá buscar minhas três térmicas!

Beijos,
Marina

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quarta-feira

O Garfield considera a segunda-feira o pior dos dias. Eu não, pra mim é sempre a quarta-feira.
Na quarta parece que o mundo todo está avesso e virado, me sinto péssima. Adoraria poder me enfiar dentro do armário, em baixo da mesa, dentro de um buraco e sumir. Ficar quieta e escondida até a quinta chegar.

Sei lá por que a quarta é tão horrível assim. Só sei que fico agoniada, inquieta, presa dentro de mim. Me debatendo contra as minhas próprias paredes sem ter nem uma frestinha por onde fugir.

Bah, é sempre neste meio dia da semana que tudo de errado e estranho parece acontecer. E não adianta, é sempre uma tortura toda vez que ela chega. SEMPRE! E eu começo a rezar pra passar logo e eu chegar em casa outra vez.
Tudo fica acumulado pra quarta, tudo fica pendendo na quarta, tudo fica patinando na quarta.
E ainda tem aquela aula "maravilhosaaaaaaaa" que dá uma empolgação danada... Empolgação de sair correndo e se meter em qualquer lugar da faculdade pra fugir daquele "finjo que ensino e tu finge que aprende" que as aulas desta cadeira se transformaram.

Desde o meu 2º grau lembro de ser assim: o dia do horror. Briga feia dentro da turma, atropelamento por motoqueiro policial, arrancarabo com colegas idiotas, perder o ônibus... Tudo no dia da metade da semana!?

Bah, é este é o dia do meu carma... E da pouca "carma".
Se eu conseguisse expressar como é que eu me sinto presa dentro de mim nesse dia... Ganahria um Nobel de Literatura! Mas é uma agonia, sufocante, estressante, irritante, ansiante... É uma coisa chatíssima!

E, dando uma olhadela básica no meu MSN, recordo que - se não me engano - as quartas são também os dias dos xaropes e idiotas aparecerem e desaparecerem... Com desculpas esfarrapadas e papinhos sem pé e nem cabeça.

Desculpa, gatinho amigo, eu ODEIO a quarta-feira!

Beijos,
Marina

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A música não é competição

Música não é competição.
Ouvi isso ontem numa conversa. Não tive tempo - ou coragem - de perguntar maiores explicações sobre a sentença, mas assim que bati os olhos na resposta a considerei pra lá de interessante. Não que eu julgue isso, mas me pareceu uma consideração bem feita e que passa despercebida pelos envolvidos nela, ou por qualquer um que se envolva em algum tipo de competição.

Queria eu ter uma pitada a mais de "coragem" para perguntar uma explicação detalha sobre o assunto...
A curiosidade me move, e move mais ainda os pontos de vista das pessoas e seus argumentos, as ideias que têm, e que podem abrir novas fronteiras em meus mundos.

Música não é competição...
O que seria música? O que então significam os festivais e competições de música? Qual sua serventia? Sua valia? O que despertam e o que escondem? O que fazem agir e surgir nos meios que a envolvem...?

Pois é, José, música não é competição.

E agora que "o mundo parou outra vez" consigo recuperar o fôlego aos poucos e respirar um pouco mais livremente, sem o peso de tantas coisas e com alguns pesos extras se misturando nesse período de colocação de miolos no lugar e assentamento de ideias.

Música não, não é competição. Assim como a dança não poderia ser.
Dançar deveria servir para extravasar, para ser, para elevar, para engrandecer, para construir, aproximar e transportar...
A competição pesa e desvirtua.

Saber que música não é competição me fez lembrar que eu me sentiria muito mais leve se a dança não fosse uma questão de vida ou morte, um peso, um fardo. Fosse apenas o que é... A representação da música pelos corpos... A elevação, enfim, da alma.

E a dança seria o que foi e o que é... Um tanto mais leve...

Fazia tempo que dançar não era tão inconsciente como domingo... Um fardo que vai rolando sua ficha depois, durante.

Não, a música não é competição. Dançar, também não.

Beijos,
Eu...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Perdas

Foi e não foi legal...

Fomos lá, mas algumas coisas saíram como não era esperado... Ficamos em 10º lugar, 2º suplentes, 4ª ou 5ª melhor nota de harmonia (é isso?), aplaudidos, super-aplaudidos no final...
Mas mesmo assim dói pra caramba... Ou apesar de, dói pra caramba... Por que erramso coisas idiotas... Mas acho que nada de fora do plano da vida... Estou quieta, mas não conformada ainda...
Tem aquele choro contigo, preso na garganta, atravancando o coração...

Uma derrota relembra de outra, e de outra, e de mais outra, mesmo que elas não tenham nada a ver com você, mesmo que a responsabilidade total não fosse sua. Em termos de dança, em termos de vida...

Me sinto responsável pela tristeza dos outros. Impotente por não ter o que fazer ou como efetivamente ajudar... É bem ruinzinho... Mas estou aprendendo que existem cosias que, podem doer, mas não são de minha exclusiva responsabilidade...

E como é ruim perceber que "muitos" tinham razão sobre algumas pessoas...
Posso suportar mil dores, mas ainda não consigo conviver bem com a "traição", ou melhor, depravação, de "amigos"... Não teria coragem de passar por cima de um amigo, de uma pessoa querida, por motivos bestas...
Isso sim, dói... Atormenta, por que foi confiança desperdiçada...

"Bovinum est"...


Incompetência minha... De novo...

domingo, 22 de agosto de 2010

A nossa alma não é pequena

Bom... E a ficha caiu...

Ontem, terminei de fazer as 30 malas e maletas que usaremos nas coreografias da invernada. Fui tomar banho e, com a cabeça "mais tranquila", ouvi um pensamento "é hoje".
A estreia do nosso novo trabalho foi ontem.
Pilcha nova, grupo remodelado, coregorafias novas, obstáculos novos, grupo novo, instrumental renovado, mil coisas... Escorrega na saia enormemente comprida do vestido, cai no chão: PENSA RÁPIDO, GURIA! Se vamos cair, "caiamos" com estilo: pose no chão!
Não é legal cair... Mas é melhro ocnseguir raciocinar RÁPIDO, RAPIDÍSSIMO, e tomar a decisão certa no momento exato.

Depois de uam semana pouco dormida, muito ensaiada, muitíssimo trabalhada, o que é que vem? Mais ensaio. e um momento de relaxamento na sede do CTG. Após, cheguei em casa. Vim "dar uam banda na net". Busca resultados da 1ª macro e: dois desclassificados.

E deu um aperto no peito... INDESCRITÍVEL.
Chega a parecer que o meu coração vai saltar pela boca. Nem isso! Parece que ele está tremelicando de um lado, e corpo de outro, e treme de novo, e tudo se descompassa. É muito ruim. Dá vontade de apertar "aquele botãozinho" do controle remoto e já chegar no resultado final, melhor, chegar no domingo que vem, a esta hora, quando já teremos sabido - há horas, quiçá - o resultado de um ano inteiro de confinamento, de ausências, de perdas e ganhos, de faculdade de lado, de família às traças, de amigos abandonados, de cachorros negligenciados, de noites mal dormidas, de brigas, de machudados, de joelhso ferrados, de pés ralados... Teremos o resultado de 6 anos de entrega TOTAL ao CTG.
Onde o narrador tentará fazer com que sua voz soe mais alta do que o alarido da multidão, do que as vibrações dos campeões, do que o burburinho da geral. E lá estarei eu contando nso dedos, tentando manter a razão e a ordem lógica das invernadas, somando, ressomando e recontando se o nome da "nossa casa" já terá sido dito ou... Esquecido...??? Não. Não há esquecimentos, há futuras novas tentativas...

Dói deixar o filme correr na cabeça. Dá uma dor EXTREMA tentar pensar na não-possibilidade.

Há que ser realista.
Tudo pende para os dois lados: 50% sim e 50% não. E acredito firme e fortemente que tudo tem sua razão de ser, mas dói pra burro pensar nas brigas que se comprou, nos desafios que foram lançados, em tudo que se deixou pra trás e em tudo que se investiu... Investiu concreta e financeiramente e, pior, psicológicamente...

Dá um medo...
E é horrível esse medo, essa impressão de que as pessoas não se deram conta que o que não foi acertado e arrumado em um (ou mais) ano, tem apenas "algumas horas" para ser "corrigido". Que não há uma segunda chance...

Me dói.
Dói por mim, dói pelos meus pais (até pela minha irmã que odeia o CTG), dói pelas minahs cachorras, dói pelas minahs afilhadas, pelas minhas amigas e amigos, dói pela minha facudlade (e dói o bolso junto), pelo meu emprego, dói pela minah vida, pela minha sanidade, pela minha guerra particular.
Dói pelo que ouvi, pelo que falaram da minha invernada, dói pelo que falaram dos meus amigos, dói pelo que falaram dos meus companheiros, dói pel oque fizeram com as pessoas que conheço, dói pelas ameaças, pelas intrigas, pelas injustiças (e até pelas justiças). Dói pelas horas de sono perdido, pelos dias de sol dentro de um galpão, pelos convites recusados, pelos amigso abandonados.
Dói pelo carinho das pessoas, pela fé, pela crença, pela dedicação, pela parceria, pela amizade, pelo companheirismo, pelo frio, pela fome, pelo cansaço, pela doença, pela saúde, pelo empenho, pela força, pela união e pela desunião. Dói pelo apoio, pela entrega, pela busca, pelo caminho, por todas as noites e todos os dias, e pelos atrasos, e pelas brigas e pelas desavenças e pelas festas e pelas piadas e pelas risadas...
Dói por quem acredita, por quem está junto de nós.
Dói muito, dói muitíssimo por todos que estão no coração da gente e que se agarraram nas almas...

Dói. Dói muito.

E dá muito medo de tudo isso ter sido em vão...

Fernando Pessoa resume tudo que penso, e creio fortemente, apesar de todo medo:
"TUDO VALE A PENA
SE A ALMA NÃO É PEQUENA".

Beijos e orem por nós,
Marina Nina

sábado, 7 de agosto de 2010

Olha a hora!

Como se eu não tivesse outra coisa - e mais importante - pra fazer... Cá estou, perdida no meio de imagens, curso de Português para Surdos, poesias, Florbela, Mário, Vinicius, Augusto, Nenhum... Mil coisas e nenhuma delas.
Tenho praticamente um mês para escreevr um conto e AONDE está a inspiração?
Ideias, possíveis temas, é o que não faltam. É que minah cabeça resolveu "dar uma banda" e se perder por aí... Um "aí" que eu não faço ideia de onde é, mas que não é aqui... Falei que não sei aonde é, não que não sei com quem é...

Ah se eu tivesse 10, 11 anos menos, poderia me orgulhar e estufar o peito achando bonito perder minha cabeça "por aí". Mas eu não tenho mais toda esta idade pra m permitir perder a cabeça em mundo da lua que nem existe, que "por enquanto eu invento".

Ei, falando nisso... Como é bom poder ficar "só olhando", no escurinho, escondidinha, só ouvindo e olhando... Sem ninguém pra fazer uma piadinha besta ou vir com algum comentário desnecessário no momento inapropriado.
"Nem me viu"... Mas eu vi, e fiquei olhando, só olhando, admirando. Vendo. Fiquei só vendo.
E não precisar falar nada é tão bom as vezes... Por que não estraga nada, não espera nada e nem pensa nada. Só vê. E aí se pode sorrir sem medo, com tranquilidade, sem maldade. Um daqueles sorrisos que são engraçados, inesperados e vindos lá do fundinho de algum lugar que a genet pensava que esqueceu. Ou que trancou, cimentou e jogou fora a chave para não ter mais contato nenhum com a civilização.

É bom estar perdido.
Mas eu odeio estar perdida. Não poder controlar as coisas é uma droga. Me dá uma ansiedade profunda...

Não quero pressa, mas tenho que aprender a não ser ansiosa.

Aí, nestas horas, puxo do fundo da cabecinha de porongo que tenho, aquela imagem... Que me traz uma tranquilidade, uma calma... Que eu não sei, eu não aprendi a ter...

"Matrix", bem isso. Tudo para e fica ali quietinho, e finalmente eu consigo respirar.

Fui-me!
Beijos-tchau!
Eu!

sábado, 31 de julho de 2010

Olhar tráz

Como é bom ver algumas pessoas...
Só de enxergar a gente já sente um ar mais fresco, vê o dia mais claro, o céu fica mais limpo.
Este é um daqueles momentos em que se abre mão de qualquer entendimento, e fica-se só apreciando... Apreciando... Apreciando e sentindo o momento. Ou nem sentindo, por que talvez nem dê tempo para isso, vai que nosso rosto fale e acabe por entregar o que os olhos caçam incessantemente? Vai que os olhos se acendam e virem um luminoso faiscante e chamativo e entreguem a direção do olhar? Ou que tuas bochechas corem e entreguem o que não precisava estragar...

Dá uma paz...
São alguns segunditos de uma certa calmaria... Segunditos de tranquilidade, de silêncio no barulho, de paz na guerra, de correspondência na inexistência.
Alguns segundos apenas em que se pode esquecer tudo... Qualquer coisa... Não se ouve nem barulho de grilo, se ouve um nada, mas um nada tão nada que chega a ser absoluto, absurdo, avassalador, grandioso... Nossa, um silêncio que parece dizer tanto.
Mas dizer exatemente o quê eu não sei e ach oque nem preciso saber.
Eu gosto mesmo são desses "segunditos" de luxo, do luxo de não pensar em nada, não sentir nada, mas sentir tudo. Como se, num olhar, num "nanosegundo", o querer, o não-poder, os quereres e os nãos nada fossem, e aquele olhar saísse do pensamento, e dos sonhos os "desejos não-desejados" saíssem, e que viesse dos pensamentos e virasse a realidade de um átimo.

Então, está bom ter um átimo de olhar.


Fui-me,
A eu, qualquer eu

sábado, 26 de junho de 2010

A parte que me cabe neste latifúndio

Tive que ouvir "patavinas" por um desabafo.
Me disseram que não concordam que ensaioS com o instrutor Emerson não farão diferença para uma pessoa só que não pode estar neles. Este cara só é um dos maiores e melhores instrutores do estado, com invernadas premiadas e bastante aclamadas por aí... O Rancho, que eu admiro, é dele. O EG, que teve espetaculares entrada e saída, contando a história do rei Luiz XV, o "Rei Sol", e suas valsas, também...

Por que um pangaré não pode almejar ser majestade?

Disseram-me que não faz diferença eu não estar nestes ensaios (explico: não posso deixar de lado a mtrícula em cadeiras específicas de meu curso da faculdade, o que resultaria em postergação do curso em mais un "bons pares de anos"), por que o que ele ensina só se pode aprender na prática.
AHAM.
Ah, tá...

E então isso quer dizer que eu terei que confiar no que vejo nos ensaios mortos que fazemos, terei que "concluir" o que devo fazer com base nas caras nada interpretativas de mais da metade da invernada, e ficar esperando que as pessoas lembrem as alterações que foram passadas, pois quando pergunto, semrpe respondem "ah, não te preocupa que nada mudou". e lá vamso nós testar o "nada mudou" e me deparou com "tudo mudou". No fim das contas terei que me tornar adivinha, e adivinhar o que o instrutor quer que façamos.

Estou com o pescoço à mostra na faculdade, trancando as minhas cadeiras, fazendo um escarcéu com a coordenadora para que tentemos me deixar não ter aulas nas quartas, por que EU SEI POR QUE É IMPORTANTE ENSAIAR E AONDE O ENSAIO PODE NOS LEVAR.

Minha cabeça foi posta à prêmio por eu arriscar minhas ideias e defender um grupo que provavelmente não mereça (e no final não vá merecer) meio "arriscamento" de nada, por que não faz nada para merecer. Só sabe ganhar tudo e reclamar, sem ajudar, sem contribuir e sem se importar com o bem estar geral da nação...

Aí, tenho que ouvir mil impropérios dizendo que estes ensaios não me farão falta e que sempre alguém me passará as informações necessárias...
Aham.
E o Papai Noel existe e está lá na fábrica dele, no Polo Norte, começando a produzir brinquedos, juntamente com seus duendes e suas renas mágicas. Ah, tá...
Se as pessoas não se dignam a informar que um ensaio foi cancelado, imagina se se prestarão a repassar conhecimentos que fazem a diferença total para o grupo. E para a soma de notas, e para toda e singela diferença que se faz necessária para encantar jurados e plateia...


Sou radical? Ah, sou. Mas eu sei qual é "a parte que me cabe neste latifúndio", e sei mais ainda, que se um não fizer, "a nota de todos" não faz...

Querem guerra então? Guerra terão.

Beijos,
Marina

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ô lá em casa...

This is not a Twitter.
Esto nos es el Twitter.
Sei lá se escrevi certo...

A esta hora (01:11), com o monte de coisa que tenho pra fazer (correções, trabalhos, estudos, pesquisas... Decisões...), e com "a visão" que tive hoje, pouco me importa se escrevi certo ou errado contando que qualquer palavra saia de mim.
Como é incrível que alguém possa fazer com que você volte, talvez uns 10 anos no tempo, e se sinta tão idiota como uma pessoa que tem no mínimo 10 anos menso do que tenho.
Como diria um amigo meu "eu se divirto" com isso, mas mais para o famoso "rir pra não chorar" do que qualquer outra coisa. Por que é, sei lá, tão esquisito e estranho que nem dá pra explicar.

Só sei que a paisagem fica boa, de alguma forma ela fica boa e melhora qualquer ambiente.
Eu nem preciso saber qualquer outra coisa mais. É só chegar e eu olhar que está bom. "Feito o carreto". E eu viajo no tempo e remoço uns bons anos que não parento (segundo bondosas opiniões "construtivas") e a visão se torna leve, mais clara e bonita.
E nem preciso ver, sei que minhas bochechas flamejam e eu perco o rumo de qualquer ação.

Por isso me contento e alegro em olhar despercebida, de longe, bem longe, lá longe.
Só isto está bom...

Ô visão...

Coisa boa que alegra a vida.
Nem sei como terminar. Existem coisas que é melhor nem dizer... Nem me viu, mas eu vi...
Enfim, deixa eu me rir. Assim.
Então, já tens ideia de como está minha cara agora. Sorriso "véio e bão" no canto dos lábios.


E agora tchau que eu ainda tenho que secar o cabelo e tentar acordar cedo para um dia que vai longe... Bem longe, muito longe...
Tudo bem.
Se eu cansar no meio do dia, vou lembrar do estado "estupidístico" e da visão...

Beijos, beijos, beijos,
             Eu

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Hamurabi

Falando em CTG...

Eu já falei que o MTG nada ajuda, só atrapalha?

Que "magavilha"...
Deixa, eles escrevem errado, eu interpreto o que está escrito, não o que querem que interpretemos. Depois, venham reclamar, venham!

Não tenho bola de cristal. E não vou me esforçar pra interpretar conforme as cabeças de lá querem. O que está escrito é lei.
Olho por olho. Dente por dente.


Em terra de cegos, quem tem um olho é rei!

Beijos,
Nina

domingo, 6 de junho de 2010

.:O peão de uma prenda ruim:.

Daqui pra frente provavelmente o assunto mais abordado será a preparação para a Macro... Regional do ENART...
Um pouco menos de 90 dias até lá...
Pensei em criar um blog só pra isso, mas não... Deixe que "as eus" manifestem-se sobre a loucura destes 90 dias.
Veremos quem aguentará e sobreviverá...


Em algum lugar destes muitos textos que escrevi aqui, ou dos muitos que não foram publicados, eu devo ter mencionado algo relacionado a como é difícil ser a prenda ruim de um peão bom.
É cobrança que não acaba mais e de todos os lados, principalmente do lado "da frente", que é aonde meu peão geralmente está: enlaçado comigo, ou seja, na minha frente.
Quando eu penso que lá se vão muitos dias sem uma única discussão ou briga, lá vem minha intolerância, minhas "mágoas retidas" e minha fúria explodindo pra cima dele. ele não é santo. Eu sou menos ainda. Só que as vezes eu não consigo ignorar ou fingir que não ouvi, e as vezes, nem precisa de algo efetivo, meu "bom" humor expande e eu literalemnte solto os cachorros pra cima dele, desafogando meus ressentimentos antigos e eternamente enjaulados neste meu coraçãozinho de pedra sabão.

Ele já foi MUITO, mas"muito" escrito com letras garrafais, chato, estupidinho, sei lá qual o termo que ia usar, comigo, agora, creio que a convivência e a paciência tomaram um pouco de lugar nessa nossa relação. E que fique esclarecido: relação prenda & peão.
Ele era um tanto intolerante quando eu era mais ameba do que sou hoje. Acreditem AMEBA de AMEBONA. Foi o pobre quem teve que encarar a pior das prendas, a pior dançarina de todos os tempos e martelar MUITO pra ter algum resultadinho básico.
Eu digo com letras super garrafais que não seria nada sem ele, sem a ajuda deste chato, insuportável que dança comigo há quase 4 anos, quase 4 trabalhos, quase 4 pilchas. A chatice dele é que me fez melhorar e eu tenho total consciência disso e vivo de falar isso pra ele, mas as vezes, os ressentimentos engavetados falam muito mais alto, especialmente agora que vejo indícios daquele peão que de repente viu em sua frente a pior das dançarinas, uma desengonçada e toda errada dançarina. Dançarina nada, projeto mal feito de dançarina!

É um tanto assustador voltar a me deparar com aqueles sentimentos recolhidos que eu via nele logo no início de dupla. Ver de novo resquícios de desapontamento, de que eu atrapalho o bom andamento do seu progresso, de que esse estorvo é demais.
Era "fueda" dançar com alguém que nitidamente preferia estar dançando com outra pessoa, que escondia não escondendo sua decepção de par, que sabia ser infinitamente melhor do que o fardo que tinha que carregar.

Levou praticamente um ano para eu me tornar prenda do meu peão.
Agora volto a ver o objetivo dele sendo barrado por mim. Leio isso nas entrelinhas de algumas palavras que me diz.
Meu peão sabe que é bom, e sem querer, sempre me faz lembrar o quanto eu não sou.
Agora me dei conta de outra fase que voltou: eu não conseguir ser o que a imaginação dele gostaria. Eu não ser suficiente. É um pesadelo recordar disso.

Sou explosiva? Estridente? Brigona? Exagerada? Ah, eu sou. E por isso sou sempre a peça ruim da história, que não entende nada nem ninguém.
E o outro lado?
Sempre me esforcei para enxergar além da matéria, para ver além das circunstâncias. Para entender as palavras que não são ditas.

Cometi um grande crime no ano passado quando disse não ao pedido de dança de um amigo, pois devia "o respeito" ao meu peão primeiramente. Para depois eu ficar sentada vendo todos dançando belso e felizes e a prenda aqui com seu peão invisível, a quem também muito devo...

Dá raiva não poder guardar uma mágoa em meio a tanta gratidão.
Não sou perfeita e sei bem que deve ser um pesadelo ter que aguentar meu jeito e meu gênio, mas não tenho mesmo direito a guardar um pouquinho de rancor de uma das  pessoas que eu mais adoro no mundo e que só enxerga o que eu tenho de defeito? Que não se toca que eu prezo doze mil coisas complexas e acabo esquecendo de uminha simples? Só eu sei que me permiti, de uns tempos para cá, ser ruim, ser ruim mesmo, e ser grosseira, por que nunca tive esse direito, por que eu sei que isso não é o certo e que eu devo ser semrpe certinha, ou 8, ou 80. E me permiti "colocar meus podres" para fora e dizer coisas mal educadas do tipo "eu só danço por determinada coisa e NINGUÉM MAIS".

Dói botar pra froa verdades que não são nem tão verdades assim, são mais desabafos de angústias que corroem aqui dentro e que não são enxergadas, por que durante 150% do tempo eu tenho o compromisso comigo mesma de ser uma pessoa o mais correta e justa possível.
Não estou dizendo que eu sou incorreta e injusta, mas estou dizendo que cansa ser sempre assim e receber quatro patas nas costa o tempo todo. Que cansa me preocupar, e não "ser" preocupada. Que cansa ter que tentar explicar todas as vezes que eu sou assim e não assado e que eu também preciso de ajuda para aguentar a maré.

EU ODEIO com todas as minhas forças ficar de mal com o meu peão. E sei que isso estraga toda a minha semana, mas eu cansei e eu canso de tentar ser a prenda perfeita, não mais a que dança maravilhosamente bem, mas a prenda que compensa com qualquer outra coisa a falta de boa dança que ela tem.
Eu não preciso só de ajuda pra dançar, pra trabalhar essa habilidade que eu não tenho. Preciso de uma mão invisível de vez em quando.

O meu peão sabe que pode dançar bem com qualquer prenda.
Eu sei que eu não.

Aí, acontece de eu largar a maior das maiores patadas da década, ir tentar me explicar e levar outra patada (pra variar). Aí eu fico ruim desse jeito, com raiva dele e de mim mesma. Ai que ódioooooooooooo!!!!!!!!!!

Vocês não entendem patavinas disso tudo e vão julgar como todo mundo julga: bulhufas pra vocês!

O meu peão é uma das pessoas que eu mais adoro sinceramente em todo o planeta Terra, é uma pessoa extremamente chata e sabe ser insuportável como ninguém. Me ensinou a dançar, entendeu muitos dos meus estresses, esteve por perto em alguns dos piores momentos que passei no CTG. Sempre foi o meu primeiro pensamento quando eu queria desistir de tudo. Não conheço outra pessoa que eu tenha tanta afinidade pra dançar danças tradicionais; posso não conseguir dançar meia vaneira com ele, mas sou capaz de aprender a Mazurca (que nunca vi) e dançar perfeitamente.
Nossos gênios e santos vivem se soqueando, eu fecho muito a boca pra não brigar; engulo sapos, caras feias, algumas palavras que machucam fundo.
Não sou uma santa, mas não sou completamente ruim também.

Devo tanto ao meu peão, que acredito não existirem vidas suficientes para pagar.
Acho que é como se ele fosse o irmão mais velho que não tenho. Só que eu esqueço que só eu sei disso.

Fico extremamente chateada por brigar com ele e acabar despachando pra fora as vontades de soqueá-lo que me dá. Acho que não existe carinho e gratidão que resistam à tristezas e à volta das angústias e desprezos passados. Só que o pobre não tem culpa.
Ou tem?

Não sei.
Eu sei que cansei de negligenciar a mim mesma, pedir desculpas quando alguém me dá um esbarrão de quebrar meu braço, cansei de pedir desculpas quando alguém pisa no meu pé, de correr atrás de gente que nem me enxerga, de falar com quem não ouve.

Devo estar cansada de mim mesma.


Sei lá.
Eu morro de medo de não dançar mais com ele, acho que se tentarem fazer isso de novo (quase, quase nos separaram ano passado) eu morro chorando outra vez, e outra vez não abro a boca pra reclamar. Eu adoro o meu peão, e essa genialidade toda que cerca nossa "pareja" é que fazem a gente se entender tão bem pra dançar. E acho que só pra isso, por que de resto... É peleia braba!


Que droga...
Como é ruim brigar com uma pessoa que a gente considera tanto...

Acho que o que me entristece mais ainda hoje é que ouvi dele algo que ele nunca ouviu de mim.
Tudo bem. Ele pode ficar P* comigo por achar que minha ira é maior que o meu carinho, mas pelo menos eu nunca o "mandei embora então" em todas as vezes que ele disse que esse nosso grupo não era mais tão suficiente para os sonhos (gana) dele...


Tudo bem... Deixa pra lá.

Ele continua sendo o meu querido peão.

O peão de uma prenda ruim.

Beijos,
Nina

terça-feira, 1 de junho de 2010

Os nós nossos de cada dia

Que estresse de vida...

Descobri que eu ODEIO FAZER TRABALHO DA FACULDADE EM GRUPO, que o CTG SÓ ME ESTRESSA, que o meu trabalho não é lá tão gratificante assim, que é bem cansativo não saber ao certo o que se vai fazer, que é bem complicado pré-selecionas as cadeiras da faculdade.
Fiz "a grande descoberta" de que o CTG toma conta de TODA A MINHA VIDA, e que não é tão gratificante assim... Que eu tenho pouco tempo de ler muitos livros e ver filmes, que eu passo muito tempo trabalhando, que eu não consigo manter meu armário com a mínima organização, e que devo ter MESMO transtorno de ansiedade.
Aí, percebi que o TOC volta e eu não me dou conta, que eu perco a inspiração que me aparece de repente, e que faltam quase 3 anos para eu me formar (uma vida!!!!!!!!!!!) e que duvido que eu esteja preparada pra dar aulas de português. E NEM QUERO! Quero trabalhar com espanhol, com pesquisas de linguística, textos, fala... Acco que as vezes eu preferia ter anscido com uma predestinação, com futuro traçado: vai fazer isso, não vai fazer aquilo, vai casar, não vai estudar, vai morrer com a barriga colada no fogão.

AHAM...
Me engana que eu gosto...

Teríamos uma guerra nuclear armada, a batalha do fim do mundo refeita, mais uam Anita rpa ser esquecida pela história.
Pensa só, eu, euzinha, de colher de pau na mão soqueando o primeiro bocaberta que falasse comigo usando verbos no imperativo... Ah tá...

Acho que eu não tenho jeito e não tenho remédio.
E estou bem cansada da inutilidade das coisas que me rodeiam.

Nem sei mais como é a vida sem um estressezinho básico pra "animar" a vida...

Bom, bom, me vou lá, por que hoje ainda tem um arranca rabo dos infernos pra presenciar.

Ah, sei lá o que eu quero...

Beijos,
Marina

terça-feira, 11 de maio de 2010

A luz que tu tem

Vou falar do Nenhum de Nós de novo?
Eu vou!

Estou meio chateada com a maldade humana. Complicado.
..
Acho que tenho que buscar e tirar do armário capa e espada e ir pra guerra.
Calçar minhas botas de couro, embainhar Catana de onde nunca deveria ter saído, e me aventurar por aí, mundo a fora, rumo ao desconhecido ou rumo ao mais profundo de mim.
Minha capa nunca foi pesada e sempre foi uma alegria não me utilizar de máscaras.

Estou muito cansada.

Nessas horas é que eu tenho que me lembrar que eu moro em uma pontinha muito pequenininha do infinito universo, e que pra cada ser mesquinho, há no mínimo dois que valem a pena "viver um dia".

Quando digo que preciso me exorcizar e que isto acontece nos shows do Nenhum, soa pra lá de engraçado, mas não existe algo mais verdadeiro do que isto. Hoje, por exemplo, estava tudo bem, tudo legal, tudo ótimo, aí aconteceu algo pra lá de decepcionante (se esta for a palavra certa...)... Sabe aquele choro contido? Não saiu, ficou preso. Quando eu vi o Thedy, lá longe, eu comecei a chorar... Juntou a tristeza com "aquele troço" que a presença do Thedy tráz...
Só não chorei mais, por que vi meia dúzia me olhando... Sem contar a cara da minha mãe... Bom, mas ela sabia o que estava acontecendo.

Como ela disse, deve ser a tal luz que ela sempre diz que ele tem, que me faz chorar, me emociona, tranca minha voz e arrepia a minha alma.
Eu me pélo (leia certo) de medo dele, mas esse medo é proporcional ao carinho e admiração que tenho por ele. Acho que nem é medo, é aquele poder, aquela energia que algumas pessoas tem... E que as vezes assusta.

Ganhar um sorriso, uma abraço, o respeito de alguém, não tem preço.
Quando o Thedy saiu de onde estava e veio falar comigo e minha mãe, me disse oi e chegou como se me conhecesse há anos, como se efetivamente lembrasse de mim.

Acho que nem meus amigos muitas vezes me recebem desse jeito, com uma simplicidade e simpatia que vem do fundo da alma. Nem eles me recebem desse jeito que lembra verdadeiramente uma roda de mate, onde a pessoa te diria "ei, puxa o banco e senta!".
O Thedy, o Nenhum, não faz ideia do que fazem por mim.

E mais ainda, o Thedy não faz ideia do que fez por mim hoje.
Eu sei que não sei conversar como uma pessoa consciente na presença dele, por que eu fico em pânico, pra não falar besteira, pra não ser idiota, acabo só falando meleca...

Acho que no fundo, bem no fundinho nem dá pra dizer que nos desconhecemos, por que quem escreve o que ele escreve, me conhece melhor (sem nunca ter me visto) do que eu mesma imagino.
E chego à conclusão de que isso é sim aquilo que minha mãe sempre me disse e falou pra ele hoje "uma luz" que nem todo mundo tem.

Posso contar aos netos que nem sei se terei que o Veco me deu um beijo babado na bochecha depois de me avacalhar; que o Sady me deu um abraço de urso, do tamanho do mundo e colocou minha faixa de 1ª Prenda; posso contar que conversei com o Carlos e ouvi coisas interessantíssima, e que o fiz bater uma foto segurando uma xícara de chá; posso contar que o João conversou comigo sobre CTG, sobre cultura, sobre esse mundo das vaidades das entidades...

Hoje eu tenho uma história pra contar do vocalista do Nenhum de Nós. E olha que pensei que nunca teria.

Beijos,
Eu

sexta-feira, 30 de abril de 2010

.:Meias pra que te quero:.

Post inútil de mulherzinha: chegou ao Brasil uma novidade em depilação, a cera australiana, que acaba com pelos pequenininhos ainda. A cera é colorida, perfumada e (me parece) tem uma para cada parte específica do corpo. 
Média de valores? Tipo uns R$90,00 pra perna inteira...

Que maravilha! Obviamente estou falando da primeira parte do texto, por que da segunda, referente ao monetário do luxo... TIPO BEM ASSIM... Acho que por enquanto é melhor continuar melada de açúcar cozido, na cor caramelo, com cheiro de açúcar queimado mesmo que não tem galho. E ainda economizo uns R$80,00 para gastar com meu maior luxo na vida: meias coloridas.

Infelizmente não ando compulsiva, consegui me controlar e não comprar uma meia arrastão e uma fio 80 cheia de quadriculadinhos "de inverno" (não queira entender...) pra completar minha coleção. 
Coleção... Neste momento você deve pensar que tenho um armário e meio de meias. Nem tenho. INFELIZMENTE. Mas um dia terei. Mas o fato é que minhas três meias "tunadas" são meu xodó, fazendo frente às duas 3/4 listradinhas que também comprei...
Só não comprei mais de bichinhos por que fechei os olhos e por que encontrar meias, que não custem o valor de uma calça jeans, e que sirvam em pés 40, aqui em Bentocity... É sonho.

Enfim, minha paixão por meias é mais ou menos igual ao meu "medo" de galinhas... Não me pergunte de onde vem.

Agora eu sou uma pessoa chique: tenho uma meia-calça preta com flores, uma preta com uns desenhos esquisitos e uma marrom (que é reversível) com flores também!
E acho que confesso pra mim mesma que sei que não caí de boca nas outras (xadrezes, riscadas, arrastão, com bolinhas, poas...) por que eu ainda não tenho ideia de que roupa usarei para mostrá-las. Eu não uso saia. Quer dizer... Uso... Comecei a usar neste verão. Mas não sei usar saia, nem vestido no inverno. Sei lá, não fui "treinada" para ser mulher, me vestir linda e maravilhosa.
Aliás, já falei que eu não sei ser bonitinha, né.

Pois então...
Mas eu consegui me controlar por que fechei mesmo os olhos e lembrei que 30 pila numa meia, ou gastar mais 20 e poucos, era soda. E vida de estudante é um treco inexplicável. A menos que você tenha pai rico ou tenha ganho na loteria, OU tenha conseguido o ENEM, sua vida seja menos problemática financeiramente.

Ah, mas eu mereço me dar ao luxo as vezes.

E meias, são meu luxo colorido, desenhado, bordado, indefinido. Mesmo que eu nem saiba como vou usar ou quando. Elas estão aí, e fico mais tranquila sabendo disso. ; )

Ei, só pra acrescentar... Que roubo uma saia que mal tapa o espírito natalino custar pra cima de 150... Credo!

Até parece que chiqueza vem de fora... Psss... ; )

Beijos,
Marina

domingo, 11 de abril de 2010

.:Desconexo:.

Cad'um, cad'um...

Eu xingo, eu tenho vontade de estrangular, eu me ofendo, e fico muitooooooo brava, muito chateada, mutíssimo magoada, fico puta da vida, com vontade de garfear todo mundo, de chamar de todos os nomes feios possíveis e impossíveis do mundo. Por que eu tenho esse direito de botar pra fora tudo o que está aqui dentro, e que todas as pessoas "normais" botam pra dentro, escondem de baixo de 300 chaves.

Trabalhar com muitas cabeças diferentes não é nem um pouco fácil.


Mas não adianta.
Coloca o grupo em roda, conversa, discute, fala umas verdades com uma risada na cara e aí está. 6 horas passaram como 3.

Não, não dá vontade de olhar na cara de muitas pessoas. Não dá vontade de conversar. Dá mais vontade de atirar uma  cadeira em cima da criatura. Mas fazer o quê, meu Deus?
Pra conquistar algo bom, eu tenho que passar por algo ruim... E neste caso, é o enfrentamento com as coisas mais detestáveis da face da Terra (maiúscula, por que falo do planeta), e as pessoas que nem semrpe me agradam.

Mas há tempos eu não me sentia assim. Sem memória, apenas me divertindo, todo o tempo, principalmente quando algo sério precisava ser abordado... MÁGICA & MISTERIOSAMENTE na minha mente surgiam  piadas - as mais sem graças da face da Terra -, e não tinha como aguentar... Passei mais de meia tarde assim, tendo gracejos surgindo na cabeça pra entrecortar qualquer fala ou ideia.
Pensa só, eu, euzinha, acrescentar um 30º artigo na "carta magna" do MTG???
Pois então, hoje foi O dia...

E não, não vou comentar o que seria este 30º artigo... hihihihihi

Acho que odeio o meu CTG na mesmo proporção que o amo, não digo com isso que amo paredes e estruturas, piso, assoalho, tetos. Amo pessoas e possibilidades que um movimento antigo criou. Amo as oportunidades que se abriram num mundo desconhecido. Amo o contato com essa gente que eu odeio e que sou obrigada a conviver. Amo estar em cima de um palco e ver gente se levantando pra aplaudir, e gente aplaudindo com gosto.

Amo quando alguém sai correndo atrás da gente e diz que aquilo foi a coisa mais linda que já viu na vida, embora saibamos que aquela tenha sido a PIOR apresentação de nossas vidas. E não é pai, nem mãe babando a gente, são DESCONHECIDOS. Desconhecidos que se ligam numa corrente invisível e forte, que se conectam com o melhor de nós e que, podem não entender do que o manual exige da dança, mas entendem de sentimentos, de coração de gente, de espírito e talvez, de um pouco de resquício de amor.

"Conheças todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." Carl Gustav Jung

 Eu amo conflitos. Eu amo superação.


Acho que sem superação, não sei ir pra frente.
Penei tipo bicho pra chegar aonde estou, pra poder dançar e pra poder olhar nos olhos dos meus companheiros de dança, sem vergonha nenhuma do meu jeito de dançar.
Penei comigo mesma principalmente e mato um leão por ensaio pra continuar dançando. E mais dois pra acabar com os dilemas que enfrento todos os dias por pensar demais numa invernada que talvez nem mereça metade do que tem.


Mas são dias como hoje que me fazem lembrar do por quê dançar, de continuar ali, sofrendo literalmente na pele as preocupações e desgostos disso tudo.
 
Eu não aprendi a desistir.

Se me disserem que é o fim, estarei lá eu, colada com Bonder naquilo que chamam de esperança, por que posso ir pro brejo, mas vou de cabeça erguida e narigão empinado, pois somente acreditarei no fim quando chegar LÁ e me deparar com o trem da luz no fim do tunel.

Eu não servia pra dançar e cheguei a final do ENART.
Não é agora que deixarei que me convençam do contrário, embora nem eu acredite numa vitória ("Não tenho nenhuma coragem, mas procedo como se a tivesse, o que talvez venha dar ao mesmo." Flaubert). Sou teimosa, como diz meu peão. E teimarei até depois do fim.

Por que "não podêmo se entregá pros homê de jeito nenhum!"
  ''Não importa quanto vai durar - é infinito agora." Caio Fernando Abreu
"Inspiração vem dos outros. Motivação vem de dentro de nós." Anônimo

"Seja a mudança que você quer ver no mundo." Dalai Lama

"Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.” Saint-Exupéry

"Obstáculos são aquelas coisas assustadoras que você vê quando desvia seus olhos de sua meta". Henry Ford
"Não há nada em uma lagarta que diga que ela se tornará uma borboleta." RICHARD FULLER
"Pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por elas." Leonid Pervomaisky

"Talvez as melhores amizades sejam aquelas em que haja muita discussão, muita disputa e mesmo assim muito afeto." George Eliot

"Quando eu disse ao caroço da laranja que dentro dele dormia um laranjal inteirinho, ele me olhou estupidamente incrédulo." Hermógenes
QUANTO MAIS VOCÊ SUAR PRATICANDO, MENOS VOCÊ IRÁ SANGRAR EM BATALHA. Lobo da Coragem
"Nunca é tarde demais para ser aquilo que sempre se desejou ser." George Eliot


 "Sorte é o que acontece quando a preparação encontra a oportunidade." (Elmer Letterman)
  
 Falei muita besteira desconexa por hoje.
Mas não apagarei meia linha.

Beijos, vou dormir, pois 6 horas de ensaio matam o vivente.
Marina

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O dia de todos os bobos

Alguém sabe me dizer o que é hipocrisia?

Estavamos na Semana Santa, com a velha história de que não se come carne vermelha... Mas carne de peixe pode. Bom, o "mérito" não é este. O fato é que todo mundo mobiliza o planeta pra não comer carne, não fazer barulho, não isso e não aquilo, mas, cá entre nós, você negaria carne para um faminto??? Cá entre nós, mais ainda, é pecado comer carne, mas não é passar o ano inteiro fazendo futricagem na vida dos outros...???

Aí, me deparo com uma frase "não quero receber estas bobagens" e me pergunto... O que significa bobagens?

Será que foi pro que eu decidi desejar "FELIZ NATAL" para todos os meus "amigos" e amigos e conhecidos neste dia 09 de abril?
O mundo anda tão cheio de caos, as vidas andam tão pesados, os relacionamentos andam tão fúteis e falsos que quem aguenta tanta seriedade? Respondo: eu não!
Então, FELIZ NATAL pra você também, por que como dizia o Chacrinha "Eu vim pra confundir, não pra explicar". Engula sua ânsia de sobriedade e caretice e chatice e tenha um Feliz Natal em abril, onde se comemora o dia dos bobos e se celebrará a morte de centenas de cariocas, num ano que estreou com catástrofes naturais e absurdos televisivos (pra variar...).

Não querer receber bobagens deste tipo e manter-se distante e quieto ao esculacho, ao escárnio, ao "faz nada", a malhação de Judas... Pode.
Sair da normalidade, ou seja, do que "sábios" consideram normal, não pode.
Ficar trancafiado num mundinho de ideias e ideais vazios pode e é lindo.

Malhar o outro sempre faz bem. Enxergar seu umbigo, não é legal.

Julgar o outro, viver a vida de outro, enfiar palavras na boca de outro, espiar o outro. Tudo pode!
Dar-se o luxo de sair da monotonia e criar o desaniversário de Alice, o Natal em abril, a Páscoa em julho, o dia nos namorados em setembro... Ué, há um Carnaval de inverno, não?

Eu teria vergonha de me censurar de sair do comum.
Teria vergonha de ser sempre a cara dos outros. Um modelo padrão da ABNT...

Deixa-me como sou. Brasil, ame-o ou deixe-o. Faço minhas as tuas palavras.

No fim das somas, o dia dos bobos dura 365 dias, exceto em anos bissextos.

Beijos, bom findi!
Marina

terça-feira, 6 de abril de 2010

Emoção.Emoción

Existem momentos na vida que palavras, letras, sons, desenhos, dança, NADA, absolutamente NADA conseguem explicar, conseguem encontrar uma forma de expressão fiel ou verdadeira...
Sentir ultrapassa todos os limites e todas as ideias, e todas as palavras e todas as formas de expressão.

Não é fácil tentar expressar o quão toca sou por algumas palavras, por algumas pessoas. Não preciso de grandes presentes, fogos de artifício ou qualquer coisa caríssima. A surpresa, a emoção, aquele instante mágico dizem e fazem tudo, se encarregam do fator decisivo e causam um impacto tão forte quanto um tsunami.

Na maioria das vezes, a gente nem espera mesmo, e se espera, muitas vezes o ato é maior do que a previsão.
E você acaba assim, de olhos arregalados, boca aberta e as vezes, com o coração pesado, não de tristeza, mas de uam vontade súbita e aguda de chorar... Como se lágrimas pudessem cuspir "pra fora" tudo que a emoção nunca conseguirá exprimir, nem mostrar.
Aí, um muito obrigada se torna uma coisinha tão ridícula e insignificante... Não tem palavra que expresse a gratidão de um momento assim.

Já assistiu "Elizabethtown"?
Acho que o mais perto que consigo chegar de descrever um momento desses é pelo ato representado no filme, quando a Kirsten Dunst munida de muita "ousadia" se vira, prepara a câmera fotográfica imaginária e dispara um poderoso "CLICK".

Mais do que retratado, o momento fica preservado na nossa memória, no fundo do coração. E talvez isso seja tudo de mais maravilhoso na vida... No mundo... No mundo que criamos só pra nós...

O que me emocionou?
Talvez o sonho de ontem, onde um amigo que não vejo há anos e vi somente uma vez na vida, veio me visitar e ganhei um grande abraço, digno de meu Mestre Ka Bral.
Aí, fui pra faculdade e encontrei um amigo querido, e tive um abração de verdade.
E hoje...
Abri o Twitter e li o blog do Thedy... Meu Deus...
Quando é que o Nenhum não vai me emocionar?

O Nenhum está preparando o novo CD, um "novo livro" sobre as histórias de todos nós...

E acho que nunca, em toda a minha vida, vou conseguir traduzir a emoção que essas 5 criaturas produzem em mim... 
Estou com água salgada nos olhos e uma vontade de mover um mundo... Um mundo de sons e cores, e muita emoção.

Ai que saudade de me encontrar...!!!
E isso acontece em todo show, onde deixo de ser eu e sou somente eu. Com mim e sem mim.

Obrigada, Thedy!
Obrigada Nenhum!


Beijos,
simplesmente eu!

quarta-feira, 31 de março de 2010

Que vontade de gritaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrr

Eu preciso falarrrrrrrrrrrrrr!!!!!!!!!!!!

Meu Zeus...
Estou com uma gana danada, uma vontade esganiçada (seja lá o que isto signifique) de sei lá o quê!

Estou no meu limite. Estou tolerância ZERO. Paciência -569.078.

Por que é que a gente tem que seguir a cultura das aparências? Por que tem que aceitar a mentira como verdade e ainda sorrir? Por que é que eu tenho que seguir os padrões de uma multidão mais surda do que eu? Por que é que eu tenho que aceitar a má vontade, a mentira e a inveja?

Por que eu não posso estudar? E assim, saber por mim mesma das coisas e discutir (amigavelmente) pra poder compreender melhor as coisas? Por que eu tenho que aceitar tudo pronto? E aceitar tudo o que me dizem se eu sei que aquilo não é a verdade absoluta? Por que eu tenho que concordar com o que não concordo? Por que, se eu tenho que aceitar, pro fim, não posso ao menso dar minah parcela de contribuição manifestando o que EU PENSO?

Só por que estamos acostumados com gente que diz sim pra tudo? Só por que estamos acostumados a ser "só nós" os detentores de toda a sabedoria do universo? A não ter gente que nos faça nos interrogarmos sobre nós mesmos???

Estou cansada dos seres humanos...
No exato momento, uma lembrança que me dá paz é lembrar do rostinho da minha aluna Erica, que tem o olhar e a alma de um anjinho. Uma fofura de criança.

Meus alunos e a palavra que dei é que não me fizeram ainda conseguir sair porta a fora e não voltar mais.

Beijos
Eu

segunda-feira, 15 de março de 2010

Falando em ossos... E ócios e fócios...

Pois então...
Fatos e mais fatos vêm acontecendo nos últimos dias e semanas... Tanta coisa que eu nem sei mais se "vem" no plural tem ou não acento ainda.
Minha Mona está deitadinha aqui atrás de mim, linda e maravilhosa, de barrigona costurada, se recuperando, mas ainda numa fase de dar dó da bichinha. Precisando de todo carinho, amor, cuidados e compreensão do mundo!!!!! E continua virando do barriga pra cima pra ganhar carinho...
A outra "canis pórquis" chamada Luna, está do outro lado do quarto, dormindo, espiando e voltando a dormir.

As vezes o que se pensa ser o "melhor lugar do mundo" se revela um habitat de animais bem peçonhentos...

É complicado seguir num lugar onde as mentalidades não ultrapassam a espessura de uma casca de ovo mal formada, onde os seres humanos creem em suas verdades inventadas e se desligam do significados de, mais do que palavras, de atos de compreensão, entendimento, discernimento, respeito, busca de verdades e visão de novos ângulos.

É sempre mais fácil aterrorizar e fazer terrorismo psicológico com alguém que sabemos que é suscetível, digo melhor, fazer isso com alguém de coração mole e que sabe muito bem o que quer da vida e por que faz o que faz.
Para o resto de cabeças vazias, vale a máxima que ouço há quase 6 anos "Pra não largar o osso"...

Pois bem, posso muito bem eu ser cabeça vazia, desalmada e ruim. Posso bem ser o que andam falando às escondidas e que no momento não preciso saber. Conjecturar, saber, ler e ouvir causaram estragos demais na minha saúde nas últimas semanas...
Assim sendo, posso bem eu ser a tal cabeça vazia, mas tenho lá minhas dúvidas até que me provem o contrário... Por que eu NÃO VOU ACEITAR a pressão que se faz em alguém que tem base sólida e constrói seus ideais. Não vou aceitar a falsidade de sorrisos bobos e palavras simpáticas. Não vou aceitar algo como verdadeiro sem conceder o "benefício da dúvida" ou conceder meus ouvidos para uma nova versão. Não vou aceitar conclusões vindas de impressões exteriores e a "ignoração" e negação de fatos e do direito supremo que cada um tem, chamado livre arbítrio.

Não vou me calar frente a mentira, nem compactuar com ações ridículas e piores que de baixo calão, ações de baixa índole, de baixo sentimento.
Respeito acima de tudo a vontade própria dos seres, seus direitos e deveres de irem e virem, de pensarem, de duvidarem e buscarem uma verdade, uma resposta ou a dúvida eterna, DESDE QUE deem a cada um seu direito de resposta, seu direito de pensar, intuir e, não se chegando em conclusão, RESPEITAR.

Aonde todos pensam igual, há um grande problema... Sei lá quem disse, mas foi felicíssimo.
Mas pensar diferente não dá aos outros direito de agressão.

ASSIM SENDO, alguns se calarão indefinidamente. E aos outros... Bem feito. Terão o que merecem.

Sobre mim, posso assegurar QUE agora cada um tem a Marina que merece.

Beijos, ; )
Marina
e todas nós.
Sem confusão alguma. ; )

quarta-feira, 10 de março de 2010

DivaGAndo

Ó fase...
A vida retomando seu ritmo (a)normal de correria desenfreada, juntamente com algumas descobertas quase que inusitadas e algumas certezas quase que incontestáveis...

Não se pode abraçar o mundo, mas tem-se duas mil e quinhentas obrigações e correrias absurdas. E talvez, pra completar a história, se é um ser sentimental demais... E aí, é que dá problema na Kombi, como se diz. E o mundo realemnte não para pra que a gente se remende ou concerte (sem vontade mínima de buscar o correto no dicionário).
Pouco importa se você precisa de medicação na veia para parar um dor de cabeça absurda, nunca antes sentida. Os teus problemas, não são os meus problemas. E o mundo gira na infantilidade dos atos, das conversas desnecessárias, das absurdas relações de prioridade e importância... E tudo segue sendo um meio de se conseguir algo que nem se sabe o que é, mas se quer demesuradamente, inescrupulosamente, insensivelmente...

Eita vidinha mundana!

E a gente segue se perdendo e se encontrando, remendando buracos e recriando fantasias. redescobrindo lembranças e desejos esquecidos.

E no final das contas, não vai importar quem se tentou ser, mas quem se foi. Quem, acima de tudo, sobretudo e de qualquer modo se É.

Beijos,
Marina

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Travessia

Sei lá...
As pessoas sempre falam de nível, é nível de conhecimento, nível de entendimento, nível de cultura, nível de qualquer coisa... Manter o nível... Mas quem é que trabalha para a efetivação disso?

É bom ver o circo pegar fogo, não?
Atirar um fósforo e sair correndo para não se chamuscar. Depois, ficar ao longe, só olhando e "admirando" a bela paisagem de fogos e mutilações.
Deve gerar um prazer imenso, uma alegria indescritível!

Conheço gente que sente prazer em cantar, em ajudar carentes, em dizer uma palavra de conforto. Sente prazer brincando com as crianças, levando o cachorro pra passear, ouvindo música. Mas conhecer gente que sente prazer em bedelhar a vida dos outros e causar grandes estragos através de confusão... Isso é triste, é muito triste...

Sempre fui "guerrilheira", empreendedora de grandes batalhas em prol do que julgava correto. Pensava que era preciso alerdear ao mundo o que se pode aprender para melhorar uma vida, um ambiente, um dia...
Não sei mais quanto a verdade vale.
Não creio mais necessário dizer tudo o que penso e vejo; estou descobrindo que o silêncio revela muito mais do que o som.

E o tempo, esse cura e responde tudo... Ao seu passo revela tudo que se escondia sob carapaças de diversos nomes e rostos.

Em bom portunhol: es fueda.
Para não se dizer qualquer outra coisa.

E como diz a frase que acabei de ver, antiga conhecida: "É tempo da travessia, e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa


Que me ucoração saiba fazer o que tem que ser feito.

Beijos,
Marina

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pórco

Posso soltar a língua e destravar os palavrões que vivem em mim???
Desgarrar todos os verbos, acordos e desacordos que um descendente de italianos tem no gene?

Pórco dum pórco dum pórco!
Porca mastela! Porca pipa! Porca miséria! Porca parede! Porca tudo! Dum pórco cane......
Que ódiooooooooooooooooooo.

Cristo Dío!
Dío Cristo!

Que direito as pessoas pensam que têm de vir questionar você sobre coisas que não dizem o mínimo respeito a elas????
O ditado diz "quem não ajuda, não atrapalha", então suma do meu caminho e me deixe em paz com meus botões que eu estou em fase sossegada e quieta da minha vida.

Eu amo dançar. Eu não amo quem não sabe por quê dança.

Me deixa quieta no meu rumo, cara. Pára (por que o acento tem charme) de azucrinar a minha mente, bocaberta!

Por que é que eu tenho que me juntar aos mortais pra falar mal de todo mundo? Por que é que eu tenho que ficar no mesmo ambiente de pessoas que eu não tenho assunto? Por que é que eu tenho que fazer fofoquinhas e intriguinhas se eu prefiro comentar o novo filme em cartaz? Ou sugerir um livro...

Por que é que as pessoas não sabem conversar nada que esteja fora daquele circuito de picuinhas e falsidades e alheios que rondam o dia a dia dos sem noção?

Qual é o misterioso e sádico prazer em torturar uma pobre alma quieta e em paz, em seu canto?
Que saco!
Que vontade de socar esse infeliz bocaberta junto da turminha de bocabertinhas dele...
O cara nem se dá o desprazer de ouvir todos os lados da "moeda"...

Deus mudou de nome, e agora vive na Terra.
Espere que logo "ele" chegará em você pra te questionar sobre o que não lhe diz respeito  pra impor seus conceitos e "achismos".

Pelo amor de Cristo...

Buenas
e me espalho...


Beijos,

E não se preocupe, não transmitirei raiva,

Marina

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gato e Rato

Ontem ouvi algo que me soou como uma revelação. Algo que chega numa conversa, no meio do assunto, e que aos nossos ouvidos torna-se um suspiro e chega direto parecendo um suspiro de alívio... Completo, como a continuação do que se passa em nossa mente... Bem assim "Puxa, eu também".

Alguns assuntos e alguams passagens são dolorosos, e tem um silêncio avassalador, por que não há como exprimir, expressar ou fazer entender. Fazer tornar-se audível a ouvidos moucos.

É um corre-corre em que todo mundo se atropela e ninguém se entende, só desentende e esfaqueia e não há alma viva na Terra que tenha a ombridade de desvendar o que se passada, ou de desvendar que o quê se passa não tem nada a ver com físico, mas com psiquíco, emocional, INDIVIDUAL.

Fiquei refletindo...

Ouvi um desabafo igual de alguém com quem travei épicas guerras e nunca tive a menor vontade de compreender. Se de lá não existe compreensão, daqui, muito menos. Sempre bastaram dois "respirares" para os mal entendidos aparecerem e a batalha se instaurar.
Do alto das minhas reflexões e profunda busca por compreender o alheio, fui deixando quieto, fui deixando a vida levar, e muitas vezes, descobrindo que o "inimigo" tinha um meio de ajudar; mostra nova rota, nova arma, fornece munição para o pensamento...

Alguns amigos pensamos que fazemos só de olhar. E tudo é cumplicidade, tudo prova amizade, telefones mudos são enganos... Ué, sem querer - querendo!

Forma gratuita de conversar, dividir e ajudar a pensar.

Ledo engano!

As vezes, quando menos se espera, corta-se as palavras do início e do final, pega-se somente o meio e usa-se a seu bel prazer, modificando a história com gosto para seu gosto e deleite.

"Vou me afastar um pouco para não cansar."

Em síntese, foi essa a frase que me fez pensar.

E fez pensar...

Uma amizade se constrói através de aceitações e não aceitações, de opiniões bem diferentes, de desabafos desatinados, de confissões susurradas, de discordância, de brigas, de batalhas infernais. De ódios, de inimizade, de ignoração.
Um sorriso "amigo" é muito mais falso de que armas postas para disputa.

Não me deixo doer pela amizade interrompida para não se fazer "pegar nojo" de um passado.

E me alegro profundamente por descobrir uma nova pessoa, que se mostra muito mais humana e verdadeira, que no final das contas, sempre esteve lá.

NÃO PROMETO não me bater com a pessoa novamente e sair rolando a tabefes como nestes anos de convivência sempre fiz(emos). Não prometo não discutir, brigar ou discordar - até por que eu DETESTO brincadeirinha idiota e falsa -, mas nada mais vai mudar a pessoa que eu descobri e respeito mais ainda agora.
Amizade, amizade, nunca, never, jamás! Deixa a gente com fama de gato e rato.

Amizade se constrói em campo de guerra principalmente.
Admiração, também.


Beijos,
Marina

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desconstrução

Adoro demolições, as faço incoscientemente.
Não nasci para a beleza externa, o cuidado exagerado da forma, o culto ao corpo. Aprendi e cresci cultuando o cérebro, o "músculo" mais trabalhado do meu corpo. Minto, antes deste, vem o coração de manteiga...

Quando descobri que "beleza é fundamental", era tarde, estrias, celulites e muito da vida já haviam passado. Minha cara de preocupada...??? Olha ela... ;o)

Viva a real beleza! Viva a beleza real!

E eu sigo desligada, desconectada desse mundo da moda e plástico. Posso até tentar me embonecar, mas pode apostar comigo, darei um jeito especial de ser de estragar tudo. Quer ver? Bermuda, batinha e ao invés de um sapatinho fofo, um tênis! Meu companheiro, amigo, inseparável! Só não dá AllStar por que minhas patinhas de princesa não me permitem o luxo de usar saia, bermuda, calção ou as famosas Maria João com ele.

Pernas brancas? Eu???
Brancas não, transparentes e reluzentes!
Não quer ver? Olhe pro outro lado. Meu conforto vale mais do que olhares que podem muito bem ser redirecionados a belas platinadas, siliconadas e bronzeadas. Estou mais pra rata de biblioteca do que modelo de praia.

Eu "demulo" tudo.
Não aprendi a ser lindona, gatona, gatosa. Tudo é sinônimo de estar errado, estar vulgar, ter algo esquisito, parecer algo esquisito. Eu semrpe esquece que "os outros" mudaram de país...

Tudo bem, tudo bem!
A mídia do meu país clama por Photoshop... E por reconstruções cerebrais, por anoréxicas e bulímicas e peitudas, e gostosas... Acabei desconbrindo que não é só aqui. A desconstrução cerebral dos povos exige que a namorada seja igual à atriz tal, e lá vai a coitada dar a prova de amor-desamor se submetendo a dolorosa e humilhante intervenção cirurgica atrás de um objetivo e um ideal que jamais chegará.

Quem não ama o que vê, nunca vai amar o que não pode ver.

Desconstrução.
Se alguém resolver me olhar, que olhe demorada e apaixonantemente. Sem complexos, sem culpas, muito menso desculpas.
Eu não sou só superfície, sou imaterial.
Patrimônio da humanidade.
Rata de biblioteca que prefere o defeito real do que a vida alterada mecanicamente a Photoshop e encolida em uma realdiade complemente desaumentada e encolhida... Que vai sendo reduzida a pó.

Beijos,
Nina

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A desinfinitude de um ser

Acho que a minha alma está cansada...

Ou é inferno astral ou é preguicite aguda.

Acho que é a soma de tudo e de nada que anda me atormentando. Dois meses de gripe, resfriado ou sei lá o quê, meses de alergia, cansaço preguiçal, dançar me cansa, trabalhar me cansa, fazer nada me cansa, ler cansa, assistir televisão cansa, assistir filmes cansa.
Se até conversar anda me cansando...

Sei lá...
"O peso da idade" tá pegando a tia.
Eu me animo e desanimo com a força e a fúria de um vulcão...

Não consigo nem escrever... Meu cérebro não vai pra frente, nem pra trás...

Falta chocolate nbo meu sangue...
Ou como os guris do CTG dizem, falta trago.

Prefiro chocolate e um guaraná de vidro.

Beijos,
Marina

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Uma vida movida a 8 patas - e 2 pés


Post anterior com tema pesado...

Então alegro o restinho de noite com duas criaturas maravilhosas... Que cuidam de mim, trazendo alegria, quando falta; carinho, quando ninguém mais percebe que preciso; generosidade, por que me amam e balançam o rabinho (no caso da Mona, ela vem trotando mesmo...) quando chego depois de ficar muito, muito, muito tempo fora...

Minhas bebês que aprenderam a odiar meus vestidos de prenda, por que entendem que "para onde vou" sempre demoro a voltar... Mas que são as primeiras a entender que não podem pular no vestido quando saio, mas que se jogam no meu colo, se estiram no chão junto comigo quando chego. Chego cansada, decepcionada, chateada...
Aí não tem vestido de prenda que valha mais do que o amor e o carinho das minhas bêbis!

Que inclusive, aprenderam que dormir em baixo dos meus pés, quando estou no computador, é uma forma inexplicavelmente sincera de dizer o quanto me amam... Mesmo eu sendo uma mãe má, brava, menos presente, muitas vezes insensível e orgulhosa...

Mas elas sempre tem o remédio certo, na medida exata para recuperar a minha alma e devolver o amor que as vezes o mundo tira de mim, ou que as vezes eu jogo fora.

Mona e Luna... Os cães vão direto para o céus...

Com todo amor do mundo...
Mami

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Infelicidade...

Quando temos 15 anos tudo parece tão bonito...
Inclusive procurar pelo em ovo...

Vi um conhecido postando como "bela" mensagem no MSN "Todo mundo critica ADOLF HITLER, de cada 1000000 que criticam, quantos sabem que ele deu o 1º passo para a injenção eletronica?"
Com 15 anos pensamos que sabemos tudo sobre tudo e todos, e que um pequenino passo desse tipo pode anular todo mal que foi feito...
Concordo que algumas maldades até podem e devem ser esquecidas, mas não grandes maldades, não grandes atrocidades...

Posto que a pessoa que escreveu esta "brilhante" frase desconhece uma outra que diz - peço MIL DESCULPAS pelo palavreado abaixo:
"COMA MERDA!
UM MILHÃO DE MOSCAS NÃO PODEM ESTAR ERRADAS."

E desconhece mais ainda que a própria medicina proibe o uso de qualquer estudo médico realizado por este "camarada" e seus queridinhos "pesquisadores e cientistas", pois os mesmos ATÉ - repito ATÉ - poderiam ser úteis, mas suas formas de obtenção... PELO AMOR DE CRISTO... Todo mundo sabe que foram pra lá de absurdas, crueis e desumanas... Foram inumanas.

Em que lugar da escola uma criatura se enfia ao invés de estar em uma aula de História?
Ou será que o professor dele também não teve tempo de ensinar esta parte da História?

Pois é, minha gente...

Estas cabeças são o futuro da nação...
Continuemos brincando de "Colheita Feliz" e boicotando bibliotecas, ou leituras interessantes que até a internet tráz...

Beijos,
Educadora em Formação

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um abraçooooooooo pra valer

Nem sei se falarei de abraço... Sei que ganhei um abraço que valeu por uma existência inteira hoje.
Como é bom ganhar abraços de verdade, não? Sem compromisso, sem interesse, sem mesmice, sem qualquer pretensão. Só um abraço de verdade, de "oi". Sincero! Talvez esta palavra defina bem.

Falando em "sincero", foi isso que acabou gerando isso tudo de hoje...

"Pra ser sincero" é o nome do livro que o Humberto Gessinger escreveu para contar a história do Engenheiros do Hawaii, falar de letras, etc, etc, etc. Descobri ontem, por acaso (santo Twitter), que ele estaria autografando aqui em Bentocity, logo, corri contar pra minha irmã, que é fãzoca dele.
E então, hoje fomos nós duas fazer algo que não fazíamos desde, desde... desde um tempo remotamente esquecido... Fizemos um programa de irmãs!

Eu pronta pra bater fotos dela com ele (repetindo aS cenaS de algunS anoS atráS). Bom, desta vez, e por causa dela, tirei uma foto com ele também. Nem precisei dobrar os joelhos... Ele é do meu tamanho!!!!! (Pra alguém do meu tamanho, isso é "felomenal" - sorry Vequinho...)

Buenas...
Minha irmã é mais nova do que eu. Sempre pareceu mais velha do que eu em atos, atitudes, decisões... Eu sou a romântica à espera do príncipe encantado, a eterna criança, sempre adolescente, indecisa e imagineo resto, prefiro não me rebaixar muito hoje. Ela sempre foi a senhora de si, decidida, cabeça super feita, empresária, casada, dona de uma Kombi e de uma loja e portadora de carteira de habilitação. Eu, bem... Saí ao avesso das previsões de todo mundo que nos conhece... Acho que ela também.

Enfim, ver minha irmã, no 3º andar do shopping, olhando lá pra baixo, pra ver o Humberto... É bem coisa de Marina!
*risada gostosa*
Me senti irmã mais velha.

Já vi ela fazendo essa cena. ALIÁS, já a vi tendo "chilique" de fã, ficando nervosa, gaguejando... Tudo perto do distinto senhor Humberto Gessinger (gente boníssima, simpático, atencioso - pra mim isso é que é ídolo - só pra constar: os meus são assim!). Mas sei lá... Ver ela com toda a idade que tem (menos 3 de mim...), babando, me deixou surpresa...

Encontrei meu peão, fui conversar com ele, volto e a encontro sentada num banco por perto. Fazendo o quê???
Só olhando.

...

Tem cena mais bonita?

Já falei aqui que prefiro nem imaginar minha cara de "palhaça" perto do Nenhum... Palhaça não, de boba...

Pedi se ela queria trocar de lugar comigo pra ver melhor, ela disse que não...
E aí meu baque bem forte ressurgiu, com a conversa... E a percepção de que somos mesmo irmãs...

Sabe quando o mundo rema contra a maré dos teus pensamentos? Das tuas ideias? Do que sente e "enxerga" além do que "vê"?
Ela disse que o legal mesmo era ir ali, prestigiar. Comprar o livro, pegar autógrafo, conversar um "longo" papo {- Oi - Oi - Qual teu nome? - Lorenza - Obrigada - Ah, posso bater uma foto? - Claro - Obrigada - Tchau - Tchau}, ficar pertinho, SÓ OLHANDO, e descobrir que vale a pena estar ali, só estar ali, pagar um CD, um DVD, um livro, entrar no site, prestigiar. Mostrar que se gosta e deu. Pronto. Descobrir, numa sessão de autógrafos, que o caro pra quem "você deu dinheiro" merece cada centavo e cada demonstração de carinho.

Flaei pra ela, por que lembrei naquele exato momento - da última vez do Nenhum aqui num bar, quando me vi sozinha com as gurias de Porto e estávamos nós no "baita" camarim "tchacolando". Eu muda. calada. Apenas LÁ.
Lembro de eu estar sentada na cerquinha que dividia os lugares, parada, quieta, só ouvindo. O Veco, mais queito e mudo do que eu, talvez morto de cansaço, sentado na mesma cerquinha, há uns 0,50cm de distância, parado e mudo e quieto também.
Não me lembro de me sentir estranha... Ou lembro de me sentir estranhamente... Legal? Não sei... Ah, não sei. Eu era apenas uma fã sem assunto, que não sabe o que conversar, mas que estava ali, aproveitando o momento. Vendo, ouvindo, estando por perto...

No São Pedro não foi diferente. Não tenho muita coragem de pedir foto, talvez aquele lugar não fosse meu, mas deles, e aí esta´a grande diferença. MAs enfim, pensei "por que eu estou aqui?????" MUITAS INTERROGAÇÕES. "Pra quÊ eu estou aqui?" MUITAS INTERROGAÇÕES.

Não sei...
Mas hoje, minha irmã me ajudou a chegar numa conclusão que talvez eu tivesse receio de ter.
Até por que eu descobri que ela também tem aquela "necessidade" meio estranha de não gostar de se sentir uma formiguinha no mundo, de querer fazer a diferença e ser alguém...

*MODE REALIDADE ON* Bah, já me perdi... Nunca serei uma boa "escritora" se continuar correndo do que eu tenho que escrever... *MODE REALIDADE OFF*

Ser vista? Quase impossível...
O que vale mesmo, mesmo, é colocar o coração pra fora e mostrar que o que "tu faz" vale a pena para mim. Que faz diferença sim.
O que vale é ver, ler, ouvir, prestigiar, estar por perto.
O carinho parece ser tão mudo, mas nos final das contas não é não... É a arma mais estrondosa da face da Terra e encurta muitas distâncias.

Você não me vê, mas eu sempre seguirei você.

O Humberto me proprocionou uma grande reflexão sobre mim, minha parte fã, meus ídolos, e minha irmã...

Muitas vezes eu a odeio com todas as forças... Mas não dá... Eu a amo mesmo assim. Deve ser um amor bem como o que nós sentimos por nossos ídolos... Nos revoltamos, bateríamos, sacudiríamos pra acordarem... A gente não se enxerga... Mas sempre se vê.

Beijos,
Marina