terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Travessia

Sei lá...
As pessoas sempre falam de nível, é nível de conhecimento, nível de entendimento, nível de cultura, nível de qualquer coisa... Manter o nível... Mas quem é que trabalha para a efetivação disso?

É bom ver o circo pegar fogo, não?
Atirar um fósforo e sair correndo para não se chamuscar. Depois, ficar ao longe, só olhando e "admirando" a bela paisagem de fogos e mutilações.
Deve gerar um prazer imenso, uma alegria indescritível!

Conheço gente que sente prazer em cantar, em ajudar carentes, em dizer uma palavra de conforto. Sente prazer brincando com as crianças, levando o cachorro pra passear, ouvindo música. Mas conhecer gente que sente prazer em bedelhar a vida dos outros e causar grandes estragos através de confusão... Isso é triste, é muito triste...

Sempre fui "guerrilheira", empreendedora de grandes batalhas em prol do que julgava correto. Pensava que era preciso alerdear ao mundo o que se pode aprender para melhorar uma vida, um ambiente, um dia...
Não sei mais quanto a verdade vale.
Não creio mais necessário dizer tudo o que penso e vejo; estou descobrindo que o silêncio revela muito mais do que o som.

E o tempo, esse cura e responde tudo... Ao seu passo revela tudo que se escondia sob carapaças de diversos nomes e rostos.

Em bom portunhol: es fueda.
Para não se dizer qualquer outra coisa.

E como diz a frase que acabei de ver, antiga conhecida: "É tempo da travessia, e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado para sempre à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa


Que me ucoração saiba fazer o que tem que ser feito.

Beijos,
Marina

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Pórco

Posso soltar a língua e destravar os palavrões que vivem em mim???
Desgarrar todos os verbos, acordos e desacordos que um descendente de italianos tem no gene?

Pórco dum pórco dum pórco!
Porca mastela! Porca pipa! Porca miséria! Porca parede! Porca tudo! Dum pórco cane......
Que ódiooooooooooooooooooo.

Cristo Dío!
Dío Cristo!

Que direito as pessoas pensam que têm de vir questionar você sobre coisas que não dizem o mínimo respeito a elas????
O ditado diz "quem não ajuda, não atrapalha", então suma do meu caminho e me deixe em paz com meus botões que eu estou em fase sossegada e quieta da minha vida.

Eu amo dançar. Eu não amo quem não sabe por quê dança.

Me deixa quieta no meu rumo, cara. Pára (por que o acento tem charme) de azucrinar a minha mente, bocaberta!

Por que é que eu tenho que me juntar aos mortais pra falar mal de todo mundo? Por que é que eu tenho que ficar no mesmo ambiente de pessoas que eu não tenho assunto? Por que é que eu tenho que fazer fofoquinhas e intriguinhas se eu prefiro comentar o novo filme em cartaz? Ou sugerir um livro...

Por que é que as pessoas não sabem conversar nada que esteja fora daquele circuito de picuinhas e falsidades e alheios que rondam o dia a dia dos sem noção?

Qual é o misterioso e sádico prazer em torturar uma pobre alma quieta e em paz, em seu canto?
Que saco!
Que vontade de socar esse infeliz bocaberta junto da turminha de bocabertinhas dele...
O cara nem se dá o desprazer de ouvir todos os lados da "moeda"...

Deus mudou de nome, e agora vive na Terra.
Espere que logo "ele" chegará em você pra te questionar sobre o que não lhe diz respeito  pra impor seus conceitos e "achismos".

Pelo amor de Cristo...

Buenas
e me espalho...


Beijos,

E não se preocupe, não transmitirei raiva,

Marina

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gato e Rato

Ontem ouvi algo que me soou como uma revelação. Algo que chega numa conversa, no meio do assunto, e que aos nossos ouvidos torna-se um suspiro e chega direto parecendo um suspiro de alívio... Completo, como a continuação do que se passa em nossa mente... Bem assim "Puxa, eu também".

Alguns assuntos e alguams passagens são dolorosos, e tem um silêncio avassalador, por que não há como exprimir, expressar ou fazer entender. Fazer tornar-se audível a ouvidos moucos.

É um corre-corre em que todo mundo se atropela e ninguém se entende, só desentende e esfaqueia e não há alma viva na Terra que tenha a ombridade de desvendar o que se passada, ou de desvendar que o quê se passa não tem nada a ver com físico, mas com psiquíco, emocional, INDIVIDUAL.

Fiquei refletindo...

Ouvi um desabafo igual de alguém com quem travei épicas guerras e nunca tive a menor vontade de compreender. Se de lá não existe compreensão, daqui, muito menos. Sempre bastaram dois "respirares" para os mal entendidos aparecerem e a batalha se instaurar.
Do alto das minhas reflexões e profunda busca por compreender o alheio, fui deixando quieto, fui deixando a vida levar, e muitas vezes, descobrindo que o "inimigo" tinha um meio de ajudar; mostra nova rota, nova arma, fornece munição para o pensamento...

Alguns amigos pensamos que fazemos só de olhar. E tudo é cumplicidade, tudo prova amizade, telefones mudos são enganos... Ué, sem querer - querendo!

Forma gratuita de conversar, dividir e ajudar a pensar.

Ledo engano!

As vezes, quando menos se espera, corta-se as palavras do início e do final, pega-se somente o meio e usa-se a seu bel prazer, modificando a história com gosto para seu gosto e deleite.

"Vou me afastar um pouco para não cansar."

Em síntese, foi essa a frase que me fez pensar.

E fez pensar...

Uma amizade se constrói através de aceitações e não aceitações, de opiniões bem diferentes, de desabafos desatinados, de confissões susurradas, de discordância, de brigas, de batalhas infernais. De ódios, de inimizade, de ignoração.
Um sorriso "amigo" é muito mais falso de que armas postas para disputa.

Não me deixo doer pela amizade interrompida para não se fazer "pegar nojo" de um passado.

E me alegro profundamente por descobrir uma nova pessoa, que se mostra muito mais humana e verdadeira, que no final das contas, sempre esteve lá.

NÃO PROMETO não me bater com a pessoa novamente e sair rolando a tabefes como nestes anos de convivência sempre fiz(emos). Não prometo não discutir, brigar ou discordar - até por que eu DETESTO brincadeirinha idiota e falsa -, mas nada mais vai mudar a pessoa que eu descobri e respeito mais ainda agora.
Amizade, amizade, nunca, never, jamás! Deixa a gente com fama de gato e rato.

Amizade se constrói em campo de guerra principalmente.
Admiração, também.


Beijos,
Marina

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desconstrução

Adoro demolições, as faço incoscientemente.
Não nasci para a beleza externa, o cuidado exagerado da forma, o culto ao corpo. Aprendi e cresci cultuando o cérebro, o "músculo" mais trabalhado do meu corpo. Minto, antes deste, vem o coração de manteiga...

Quando descobri que "beleza é fundamental", era tarde, estrias, celulites e muito da vida já haviam passado. Minha cara de preocupada...??? Olha ela... ;o)

Viva a real beleza! Viva a beleza real!

E eu sigo desligada, desconectada desse mundo da moda e plástico. Posso até tentar me embonecar, mas pode apostar comigo, darei um jeito especial de ser de estragar tudo. Quer ver? Bermuda, batinha e ao invés de um sapatinho fofo, um tênis! Meu companheiro, amigo, inseparável! Só não dá AllStar por que minhas patinhas de princesa não me permitem o luxo de usar saia, bermuda, calção ou as famosas Maria João com ele.

Pernas brancas? Eu???
Brancas não, transparentes e reluzentes!
Não quer ver? Olhe pro outro lado. Meu conforto vale mais do que olhares que podem muito bem ser redirecionados a belas platinadas, siliconadas e bronzeadas. Estou mais pra rata de biblioteca do que modelo de praia.

Eu "demulo" tudo.
Não aprendi a ser lindona, gatona, gatosa. Tudo é sinônimo de estar errado, estar vulgar, ter algo esquisito, parecer algo esquisito. Eu semrpe esquece que "os outros" mudaram de país...

Tudo bem, tudo bem!
A mídia do meu país clama por Photoshop... E por reconstruções cerebrais, por anoréxicas e bulímicas e peitudas, e gostosas... Acabei desconbrindo que não é só aqui. A desconstrução cerebral dos povos exige que a namorada seja igual à atriz tal, e lá vai a coitada dar a prova de amor-desamor se submetendo a dolorosa e humilhante intervenção cirurgica atrás de um objetivo e um ideal que jamais chegará.

Quem não ama o que vê, nunca vai amar o que não pode ver.

Desconstrução.
Se alguém resolver me olhar, que olhe demorada e apaixonantemente. Sem complexos, sem culpas, muito menso desculpas.
Eu não sou só superfície, sou imaterial.
Patrimônio da humanidade.
Rata de biblioteca que prefere o defeito real do que a vida alterada mecanicamente a Photoshop e encolida em uma realdiade complemente desaumentada e encolhida... Que vai sendo reduzida a pó.

Beijos,
Nina

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A desinfinitude de um ser

Acho que a minha alma está cansada...

Ou é inferno astral ou é preguicite aguda.

Acho que é a soma de tudo e de nada que anda me atormentando. Dois meses de gripe, resfriado ou sei lá o quê, meses de alergia, cansaço preguiçal, dançar me cansa, trabalhar me cansa, fazer nada me cansa, ler cansa, assistir televisão cansa, assistir filmes cansa.
Se até conversar anda me cansando...

Sei lá...
"O peso da idade" tá pegando a tia.
Eu me animo e desanimo com a força e a fúria de um vulcão...

Não consigo nem escrever... Meu cérebro não vai pra frente, nem pra trás...

Falta chocolate nbo meu sangue...
Ou como os guris do CTG dizem, falta trago.

Prefiro chocolate e um guaraná de vidro.

Beijos,
Marina