quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quarta-feira

O Garfield considera a segunda-feira o pior dos dias. Eu não, pra mim é sempre a quarta-feira.
Na quarta parece que o mundo todo está avesso e virado, me sinto péssima. Adoraria poder me enfiar dentro do armário, em baixo da mesa, dentro de um buraco e sumir. Ficar quieta e escondida até a quinta chegar.

Sei lá por que a quarta é tão horrível assim. Só sei que fico agoniada, inquieta, presa dentro de mim. Me debatendo contra as minhas próprias paredes sem ter nem uma frestinha por onde fugir.

Bah, é sempre neste meio dia da semana que tudo de errado e estranho parece acontecer. E não adianta, é sempre uma tortura toda vez que ela chega. SEMPRE! E eu começo a rezar pra passar logo e eu chegar em casa outra vez.
Tudo fica acumulado pra quarta, tudo fica pendendo na quarta, tudo fica patinando na quarta.
E ainda tem aquela aula "maravilhosaaaaaaaa" que dá uma empolgação danada... Empolgação de sair correndo e se meter em qualquer lugar da faculdade pra fugir daquele "finjo que ensino e tu finge que aprende" que as aulas desta cadeira se transformaram.

Desde o meu 2º grau lembro de ser assim: o dia do horror. Briga feia dentro da turma, atropelamento por motoqueiro policial, arrancarabo com colegas idiotas, perder o ônibus... Tudo no dia da metade da semana!?

Bah, é este é o dia do meu carma... E da pouca "carma".
Se eu conseguisse expressar como é que eu me sinto presa dentro de mim nesse dia... Ganahria um Nobel de Literatura! Mas é uma agonia, sufocante, estressante, irritante, ansiante... É uma coisa chatíssima!

E, dando uma olhadela básica no meu MSN, recordo que - se não me engano - as quartas são também os dias dos xaropes e idiotas aparecerem e desaparecerem... Com desculpas esfarrapadas e papinhos sem pé e nem cabeça.

Desculpa, gatinho amigo, eu ODEIO a quarta-feira!

Beijos,
Marina

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A música não é competição

Música não é competição.
Ouvi isso ontem numa conversa. Não tive tempo - ou coragem - de perguntar maiores explicações sobre a sentença, mas assim que bati os olhos na resposta a considerei pra lá de interessante. Não que eu julgue isso, mas me pareceu uma consideração bem feita e que passa despercebida pelos envolvidos nela, ou por qualquer um que se envolva em algum tipo de competição.

Queria eu ter uma pitada a mais de "coragem" para perguntar uma explicação detalha sobre o assunto...
A curiosidade me move, e move mais ainda os pontos de vista das pessoas e seus argumentos, as ideias que têm, e que podem abrir novas fronteiras em meus mundos.

Música não é competição...
O que seria música? O que então significam os festivais e competições de música? Qual sua serventia? Sua valia? O que despertam e o que escondem? O que fazem agir e surgir nos meios que a envolvem...?

Pois é, José, música não é competição.

E agora que "o mundo parou outra vez" consigo recuperar o fôlego aos poucos e respirar um pouco mais livremente, sem o peso de tantas coisas e com alguns pesos extras se misturando nesse período de colocação de miolos no lugar e assentamento de ideias.

Música não, não é competição. Assim como a dança não poderia ser.
Dançar deveria servir para extravasar, para ser, para elevar, para engrandecer, para construir, aproximar e transportar...
A competição pesa e desvirtua.

Saber que música não é competição me fez lembrar que eu me sentiria muito mais leve se a dança não fosse uma questão de vida ou morte, um peso, um fardo. Fosse apenas o que é... A representação da música pelos corpos... A elevação, enfim, da alma.

E a dança seria o que foi e o que é... Um tanto mais leve...

Fazia tempo que dançar não era tão inconsciente como domingo... Um fardo que vai rolando sua ficha depois, durante.

Não, a música não é competição. Dançar, também não.

Beijos,
Eu...