sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Eu não estou aqui

Vamos combinar algumas coisinhas... EU não preciso ser educada sempre, né? Nem querida e simpática, né? Também não preciso explodir, extravasar diretamente pea cima das pessoas, né? (pelo menos por enquanto, né?) Não preciso ficar engolindo idiotinhas e falsos deuses do "interesse e da boa vontade", não?
Tá...
E na faculdade "ensinam" a gente que os poetas, os escritores, escrevem e se "escondem" atrás de personagens, não, quero dizer, ensinam que NUNCA o que eesta´escrito é o que o autor pensa ou é...
Então, tá legal! Super bom!
Por que quando eu começar a escreverr, vou fecahr os olhos e imagianr que estou dizendo as verdades que eu quero para uns idiotas aí, mas como EU-escrevente não sou o eu-lírico do texto... Não terei peso na cuca, por que eu escrevi tudo sem escrever nada!?
Protno.
Fácil assim!

Se tu tem tempo e pode ir. QUE BOM! Por que sinceramente, neste momento, tem gente que não pdoe tirar as raízes do chão.
Se tu resolveu que agora pode, e se acha no direito de mandar mensagenzinahs subliminares para mostrar tua superioridade. Que legal! É prova de que finalmente começou a trabalhar e fazer algo de produtivo pela tua própria sociedade e pelo terreno que por tanto e tanto tempo cercaram e recobriram teus pés (cansados, preguiçosos, vagos...).

Se tu acha que o teu esforço é maior, o mais justo, o mais venerável, o mais incrível. Fico feliz que tenha pensamentos "alegres" e otimistas para com a tua própria pessoa.
Se tu acha que ninguém ao teu lado está doando quantia suficiente de sangue e suor, e que todos deveriam arder na mármore do inferno, ouvindo Restart e um funkzão bem brasileiro... Fico bem animada, pois é sinal de que você abriu os olhos e saiu da idiotice cotidiana em que estava instalada, e agora entende por que algams pessoas se irritam a valer e soltam o verbo...

É tão bom ver que tu saiu do teu pedestal de superioridade e arregaçou as manguinhas pra trabalhar. Vai sujar as maõzinhas, querida bonequinha!

E agora, cala a tua boca estúpida e faz alguma coisa sem COBRAR. E veja se enxerga quem doa o seu tempo de vida pra que tu possa manter o teu pedestal bem lindinho, enquanto tu nada faz.

ODEIO gente idiota.

Nã ofalei, nada com nada, e, inclusive, estou "por aqui", aidna com palavras entaladas na garganta...
Mas deixa estar jacaré... A tua lagoa também háde secar...

Uia, gentinha!

Thcau pa tu!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Saudade

Eu preciso contar...
Resolvi que hoje ia sim, deixar a rebeldia de lado, e levaria as térmicas de café e chá na cozinha pra D. Dilma encher.
Ninguém me disse que a cozinha do café mudou de lugar. Minha rebeldia voltou.

Sem paciência para perguntar a direção, eu ia voltar com as térmicas, e "se" tivesse vontade, voltava pro Núcleo (onde trabalho) e me ia de volta "em busca da cozinha perdida".
No meio do caminho, encontro uma professora desfilando com térmicas na mão, que gentil comenta sobre o passeio para buscar café. Então, a rebeldia passa e pergunto aonde fica, e logo me vou, buscar café "lá perto da lavanderia".

Entrei.
Há anos, há anos não entrava lá.
Foi só passar a cerquinha que o ar mudou. Sério, é verdade, parece que o ar mudou, como se o ar estivesse parado, como se há muito tudo tivesse parado.
Entrei na nova cozinha com um sorriso de orelha a orelha e falei pra D. Dilma que há muitos anos eu não entrava ali, local em que tínhamso nossas auals de Agroindústria. Que emprestou seus fogões, geladeiras e mesas para nossos experimentos de compotas, iogurtes, salames. E melhor, lugar pra onde fugíamos no recreio em disparada, pra pedir pro "paderro" um pãozinho quente pra comer.

A D. Dilma não deu a mínima para o que eu falei. Mas não consegui deixar de enxergar os meus amigos debruçados nas bancadas, nas mesas, a professora tentando explicar a fórmula do salitre, a porcentagem de condimentos. Enxerguei o nosso primeiro queijo... UM HORROR! Coagulante de menos, "potcheca" de mais.
Deu até pra sentir o gosto do iogurte que fizemos, e rever as colheradas de sabor aplicadas e misturadas pra dar um gostinho diferente.

Meu Deus, que saudade...

Larguei as térmicas e voltei. Passei pela porta com sorriso de orelha a orelha e lembrei da primeira vez que lá fomos.
Enxerguei o Bonês num canto, meio quieto, cabisbaixo, escondendo o choro... Confessando que aquele era seu primeiro aniversário sem a família...

Foi como se o mundo parasse a minha volta enquanto eu caminhava e enxergava todo mundo de novo.
Saí de lá sorrindo, mas com os olhos cheios de água salgada... Que até agora quer cair...

Me deu uma saudade... Mas uma saudade... De algo que eu nem sei o que é ou por que é, só sei que deu... E bateu tão forte, mas tão forte, que chega a doer no coração...

Acho que foi a melhor coisa que me aconteceu hoje. Nem sei se algo melhor acontecerá, mas que presente eu ganhei...
Deu saudade sim, e vontade de chorar... Mas foi uma sensação... Sei lá... Acho que eu não estou tão sozinha quanto penso.

Eu sinto muita saudade dos meus amigos. E acho que eu tinha me esquecido disso.

Gurizada, agricolinos... Eu amo muito vocês.

E acho que, sei lá... Eu adoro ir buscar o café. Falando nisso, já vou lá buscar minhas três térmicas!

Beijos,
Marina