segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Aqui dentro...


“Você acha mesmo que tem ainda uns dez anos para dizer o que realmente importa às pessoas que ama? Doce ilusão. Seu tempo acabou. A gente só vive uma vez, você tem certeza que você é aquilo que gostaria de ser? Olhe uma foto sua enquanto criança e compare com o que você se tornou. Se você morrer hoje (acredite, pode acontecer), é assim que você gostaria de ser lembrado? É hora de deixar de ser babaca. Não é bolinho. Eu estou bem no início, recomeçando tudo outra vez, do zero. E você?”
Gabito Nunes

Isso  foi o estopim. Ler isso foi o estopim.
Muita gente se pergunta por que eu parei de dançar, muita gente pergunta por que eu parei de dançar, muita gente inventa histórias mirabolantes sobre o fato, outras pessoas pegam o que sabem e inventam mais um pouco... Por que eu parei? Olha, quem tinha que ter uma explicação, teve. Mas nada melhor do que ler o meu blog pra tentar entender um quebra-cabeças antigo...

Mas fato é que ler isso aí de cima, do Gabito Nunes, me trouxe uma coisa muita forte...
Acho que só quem viveu na Agro sabe o que aquilo representava, e se delicia com histórias antigas de lá, mas que mexem fundo e eternamente na alma da gente.
Ler isso aí cutucou uma das muitas respostas pra minha "parada". E cá vim eu dizer alguma coisa...

Quando eu me perco na estrada, quando o sol não parece tão claro, quando a dor dói mais do que nunca, quando eu não sei pra onde ir ou nem faço ideia de quem sou, dou uma parada, respiro fundo, e lembro dessa gente, desses meus amigos que me apoiam, que gostam de mim, que largam em cima de uma laranjeira, que atiram giz na minha testa, que que leem minhas poesias, que contam piadas, que me ensinam a falar palavrão, que arrumam brigas fenomenais, que são meus amigos. Faça chuva ou sol, tenha eu humor bom ou ruim.
Gente que olha pra essência das coisas, das pessoas e rejeita o superficial.

Quando eu não sei mais quem eu sou, e fico perdida no meio dessa confusão da vida moderna das gentes sem tempo e sem história, dou uma olhada pra trás... Pra enxergar que o "lá atrás" é aqui dentro, por que amizade, parceria como essas, estão sempre aí, indicando o caminho, acendendo a luz e entrando na peleia junto.

Amigos, parceiros de verdade, são assim pra toda a vida e tempo nenhum separa ou apaga. Ou deixa esquecer... E que bom que nessa estrada (meio torta) a gente sempre encontra gente assim, de bem, de paz...

E como eu amo meus amigos.......
E como eu amo meus agricolinos!

Obrigada por sempre me lembrarem quem eu sou.
; )

Beijos,
Marina


Escola Agrotécnica - Turma 3º Agro B - 1999/2001 e pra sempre...

Marina, Matheus, Letícia, Tissiano, Ronaldo, Ronei, Maurício "Mânica", Micael, Prof. Cignachi, Maico Gaziero, Paula, Michalski, Leandro "BTT", Roger
Rodrigo "Guido", Ricardo, Marcos, Maurício "Karlinski", Maurício "Pizzatto", Rodolfo, Tiago, Leandro "Menegotto", Maicon Bones, Leandro "Padre", Tiago Luvison, Maikel, Maurício, Maicon "Konzen"

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Eu não entendo...

"Fala o que tu queres. Grita. Berra. Me sacode se for preciso, mas diz! Me ama ou me odeia. Me queira ou me deixa pra lá."
Clarissa Corrêa"

Garoto, garotinho...
Qual é a graça de fazer isso que tu faz? Sempre e de novo e igual, talvez pior, novamente, outra vez?
Guri, tu chega metendo a pata no meu peito e acha ruim quando deixo cravada no teu a minha ferradura? Eu tentei aproveitar, tentei não "esperar", tentei ser feliz, viver o momento, carpe diem...

Ouvi cada coisa que disse, e agora comprovo que quem não mente, cai em mentiras... Qual é a graça? Por que mentir tanto, falsear, mostrar o que não é, se esconder atrás de uma máscara?
Concluí que não sei quem você é. Falou tanto, fez tanto ao contrário, mentiu, iludiu, fingiu... Acho que nem tu sabe quem tu é. Já se perdeu no meio de tantas caras e bocas...
O que tu leva? O que tu ganha?

Eu estava reconstruindo meus pedaços, juntando os caquinhos pra me re-formar, pra seguir em frente e aí, você chega, de novo, mais uma vez, grosso como sempre, exigindo algo que não dá...
Como quer que eu te receba com carinhos se só levei patadas, se fui chamada de indigna e recebi o título de "não serve"? Como quer receber atenção especial se só ouvia "não posso", "não tenho tempo"? E só lembrava de minha existência quando "a água batia na bunda"?

Não tenho mais idade, paciência e nem tempo pra ficar de brincadeirinha.
Ou tu cresce, e tenta ficar comigo (leia-se tenta me conquistar), ou some, desinfeta, desaparece da minha vida. Levei tempo demais pra me restaurar... Tu não tinha o direito de voltar...

"Por que você não disse que viria?
Logo agora que eu tinha
Me curado das feridas
Que você abriu quando se foi..." Nenhum de Nós