sábado, 31 de março de 2012

Pra quando março acabar

Tchau mês dos 28, da minha liberdade, do desapego e da definitiva acordada pra vida.
Março me ensinou a dizer não, ou ao menos, a não fazer o que não quero "por medo/culpa", sei lá o quê do destino. E me fez praticar finalmente o que há muito sei: não sou responsável por tudo, e o que não é minha ou não é mais minha responsabilidade, não é culpa minha. Os outros que aprendam a tê-la também, né. Desapega de mim, gente...

Não pude falar todas as verdades que eu queria, nem como queria, mas, seguindo-se minha filosofia de vida: tudo acontece como e quando deve acontecer. E assim foi. Então, saiu tudo do jeitinho certo e exato pro que deveria.

Amigos incríveis se fizeram presentes no meu dia a dia, em mensagens perdidas - ou não -, vieram me visitar, foram comer pizza comigo e continuaram ali, firmes e fortes, mesmo eu não podendo tudo, e sem salário - até agora -, e em fase de TCC. E claro, em fase de aprender e praticar o "não". Sem "obrigada" mesmo.

Março foi bom. De repente poderia ter sido bem melhor (e meu TCC sabe), mas foi bom, eu gostei e sei que vai ser sempre pra melhor.
Me destralhei de muitas coisas e outras mais serão destralhadas e defenestradas ao longo dos próximos dias, de repente meses (quiçá anos), mas o importante é ragar alguams páginas, colocar o pé na estrada (se entupir de chocolate) e seguir olhando pro céu (com os pés colados no chão). Mas enquanto a cabeça estiver lá na lua vai estar tudo bem.

Deus tem me dado mais tempo com a Mona e isso é aquilo que se chama de benção também. Ela é um cachorro, mas não é "um cachorro". É a minha Mona. E quem tem uma Mona e uma Luna na sua vida sabe do que falo.

Passei grandes momentos com minha família e recebi carinho de pessoas incríveis. E olha, também tenho aprendido bastante com as crianças.

Enfim, até mais, março! Estou feliz por você. E claro, contando os dias "pra quando 'dezembro' chegar".
Enfim (de novo), tá tudo bem. E adorei passar por você. E viver você, mi cariño.

Agora, bora lá dormir, que abril já está gritando na minha orelha.
E o TCC também.

Beijos,
"Boca Braba"


sexta-feira, 9 de março de 2012

Pelo bem... de alguém - eu sei

Passei muito tempo me deixando de lado pelo "bem" dos outros, cedendo, passando a minha vez por compaixão, por que o outro estava em momento ingrato, por que achava que eu não tinha o direito ou eu não merecia...
Não vou mais deixar o que eu quero de lado por conta dos outros. Tratar com respeito quem não teve por mim. Ninguém cumpriu com sua palavra, nem pensou em mim quando optou por fazer o que fez. Agora é minha vez. Não vou pensar no "outro", vou fazer o que é melhor pra mim.

Concluí, enfim, isso.
É profundamente triste quando pessoas e "amigos" acabam valendo-se do bom coração, ou da nossa fraqueza, ou da nossa incapacidade de dizer não e de nosso corações de manteiga para chegarem a algum lugar, para conseguirem o que almejam. Elas não se importam como você está ou fica, elas somente precisam, querem algo. O importante não é o "tu", é o "eu" da história.

Já me puni muito por pensar em reagir, em responder, em dizer "não" ou "não, não é isso que quero e não é melhor fazer o que você quer"... Por que pensava eu que isso seria um "atentado", uma falta de educação para com o outro, ou que o outro tem razão (sempre), ou que deveria ceder por ser teimosa, ser mais nova, mais alta, mais velha, e por aí vai.

Não, não era um jogo entre mim e Deus, ou entre eu e o mundo. Era muitas vezes um jogo do "que quero, ela faz". E "ela fazia", e aceitava, e achava que sim, os outros tinham razão.

Não. Não tinham.
Não há mais necessidade, precisão, de dizer sim, nem pensar, nem repensar, muito menos sacrificar a minha paz interior por uns "outros" que jamais se importaram comigo. Que jamais pensaram no meu bem ou simplesmente no que eu queria. Eu também quero, e quero muito, e quero pouco, e quero mais tarde e quero ontem e agora! Eu também quero, também nasci com essa "permissão" divina do "querer" e do "poder".

Acabou o medievalismo. Agora não mais torturas, sacrifícios, nem imposições (a base de manipulação dos sentimentos alheios). Nunca acreditei nisso, caí na armadilha, mas acordei. Abri o livro de História e percebi em que séculos estamos. Não serei punida, nem mais me punirei. Eu posso também querer e decidir sozinha.
Eu posso. E eu sei.

Marina