quarta-feira, 5 de novembro de 2014

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Quatro meses são a eternidade.
Tenho vontade de escrever muitas coisas, de organizar outras, mas isso significaria ter que organizar minhas ideias, as minhas lembranças e a minha vida. Tenho vontade de arrumar e imprimir fotos, fazer um álbum como sempre sonhei.
Também tenho vontade de contar a verdade, de dizer que pode ser lindo e bonito para muitos, e que fotografia preserva o sorriso, mas o coração esconde um desespero sem tamanho. O fotógrafo segura atrás da câmera um mundo de verdade que vem abaixo. Pode ser colorido, "divertido", uma tentativa de alegre pra muitos, mas não é...
É uma punhalada seca a cada revirar de imagens, a cada encontro com antigas rotineiras memórias.
É de um dolorido, de uma dor, de uma coisa inexplicável. Sentível... Sofrível...

A mãe tá bem. Aceitando o que não pode mudar. E sentindo uma saudade... Que nem é bom começar a falar.

Tenho muito pra dizer, pensar, organizar, fazer... Mas mexer nessas coisas é ter que aceitar e encarar de frente... Tanta coisa...

A mãe te ama.

Ao infinito e além...