terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Era uma vez uma sonhadora, cheia de ilusões, sonhos e bem quereres. Tinha uma boa vontade e uma fé infinitas. Tinha um pé no mundão de meus Deus e outro dentro de casa. Aprendeu que o mundo era maior do que o lugar onde vivia. Conheceu um rapaz. Namorou. Um dia descobriu que aquilo não era namoro, nem vida, era aprisionamento. Mental. De repente ela colocou a mão na maçaneta da porta e saiu pra nunca mais voltar.
Era uma vez uma destemida. Cheia de sonhos, de quereres e muitas vontades. Sem papas na língua, sem medo, com grandes planos, grandes sonhos e enormes vontades. Fazia o que queria, corria atrás do que sentia. Quando colocou o pé no mundo pela primeira vez, se agarrou no braço da sonhadora e suplicou pra ir embora. Ficou. E se divertiu como nunca. O mundo mudou. Portas e fronteiras se abriram. Conheceu um rapaz. E o fim começou. Suspirava, falava menos, sorria contido, foi peneirando suas ideias, peneirando sonhos, foi diminuindo, foi sumindo.
Hoje eu só consigo pensar em como eu consegui e ela não... Tão mais forte e valente...
Não há sombra dela... Talvez nem minha. Mas ela... Como alguém pode reduzir outro alguém dessa forma...

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