quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Soda

Só preciso dizer que hoje o dia foi soda cáustica. Pesado, triste...

Acho que eu detesto essa época do ano.
Acho que eu odeio qualquer ano...
Tô tão cansada... Ninguém imagina o quanto...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

proTOColo fantasma

Oi! Boa noite!
Não posso dizer que aqui quem fala é a Marina, por que eu nem mesma sei quanto dela (eu) mesma está no comando. Ou quanto quem assume é o TOC ou a ansiedade.
Antes que alguém pergunte sobre diagnóstico, eles variaram entre TOC e transtorno de ansiedade. E sim, eu preciso ver disso com urgência. Ou pensa que é fácil "aceitar" que alguém mande em mim, e pior, que eu nem veja essa coisa que "me possui"?
Esse protocolo fantasma não tem graça, por que nem Tom Cruise tem. Esse "Alien o 8º passageiro" não tem graça nenhuma. Mentirinha, tem, só que até chegar na graça... O caminho é longo e tortuoso.

É um saco ter uma coisa, uma "pseudo-eu que não é eu" comandando o navio, esse furacão de 1,80m que fica literalmente desgovernado quando o passageiro invisível resolve aparecer. Com muito tempo e experiência dá pra saber quando ele está por aí, mas nem sempre é assim... As vezes, quando se vê, o estrago já foi feito. E há pouco descobri que existem estragos feitos por isso que não há como reverter.

Ah, é desculpa! Ah, é culpa! Ah, não sei o quê.
Aham, vai lá e convive 35 horas por dia com esse monstrinho que tenta te esganar até mesmo pra escolher que meia você vai usar.
Neguei, briguei e é CLARO que passei muito tempo (e as vezes faço isso) achando que isso "são coisas da minha cabeça", "invenção de quem não tem o que fazer"... Aham... Senta lá, Cláudia, e espera passar. Controla o impulso de lavar as mãos, ou o de lavar o rosto quando alguém respira perto e o ar toca seu rosto. Controla o pavor que bate quando você prendeu a toalha de banho com um prendedor de cor diferente. Controla você o desespero pra resolver qualquer coisa que você julga mal entendido.

Tudo é bem normal pra quem funciona sem um outro passageiro que não foi convidado para ser nenhuma das outras eus.
O TOC é uma mão que te segura, que aprisiona tua cabeça, ações e pensamentos. A ansiedade é um inimigo que fica gritando na tua orelha o tempo inteiro que você vai perder, que tá errado, que tá certo, que é esquerda, não! direita, e assim por diante.Tudoaomesmotempojuntoereunido. Não dá nem pra respirar!

Dá pra tentar controlar sozinho.
Mas nem sempre, hein! Tudo tem um limite e conhecimento de causa auxilia (e muito) no controle desse nojentinho. Dá pra diferenciar (as vezes) o que é uma "crise" ou algo normal. E dá pra rir disso. Vamos combinar, se eu não rir, de certo vou deixar que riam sozinhos disso?

O TOC é um filho desprovido de genitora que não seja meretriz. A ansiedade é uma irmã teúda e manteúda da mesma infame família.
Ou tu te entrega por fantasma vir te carregar, ou estapeia ele, e emprega todas as forças restantes no combate.

Aí, tu vê que ferrou tudo. Foram lidar com a pessoa errada, por que eu sou brasileira, e não desisto nunca! hehehe
Bom, acho, receio que, a ansiedade deu uma baixada... Nem tanto, por isso que vou correr pra minha cama e dormir, por que pelo menos dormindo essa porcaria para de infernizar e gritar no meu ouvido.

Pelo amor de Deus, próximo filme aceito Tom Cruise, mas não esse fantasma.

*Aham, já estou eu pensando em deletar o meus escrito, e ao mesmo tempo pensando em não fazer isso, por que o que escrevo, tá escrito.*

Tchau! Boa noite!
Meu nome é Marina e só quero dormir em paz...


sábado, 24 de dezembro de 2011

Sobre medo e coragem

Eu não tenho medo de ti.
Eu tenho é que me cuidar, me proteger, andar na sombra, não pegar sol, me manter de boquinha fechada, atrás da linha de risco. Tenho que fazer o que ninguém mais pode, o que ninguém faz, fez ou vai fazer. Tenho que cuidar de mim mesma. Me manter a certa distância, de coleta a prova de bala e proteção extremamente fechada.
Não tenho medo. Ou acho...
Só não quero mais do mesmo, mesmas novelas, mesmos coisas, mesmo tudo que eu já vi, mas acho que nem nada novo quero. Não quero nada além de ficar aqui quietinha no meu canto.
Não é medo. É outra coisa. De repente exatamente daquelas que a gente sabe, mas não nomina pra não virar real, ou pra que ninguém descubra. Pra que a gente se amorteça.
Enfim, tá aí.
Tenho que cuidar de mim, por que o Chapolim não vai aparecer pra empenhar a "astucia" dele comigo.

Boa noite.

Beijos,
Eu

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Escolhas tão pequenas de nós "dois"...

Estava aqui pensando... E trepensando, e repensando há bastantão tempo...
Quando a gente segura as rédeas da própria vida, como tem gente que se dói, se atinge, se ressente...
Tá, tudo bem, temos muita culpa nisso, acostumando mal as pessoas, deixando que pensem que você não tem vida própria, não tem vida além, não tem suas e outras coisas para fazer...

Períodos de turbulências geralmente são piores do que caos aéreo, mas servem muito. Acabam nos ajudando a "separar" algumas coisas, reposicionar outras e rever muito mais. Não que a gente não soubesse de certas coisas, nem que fosse idiota (tão idiota) de repetir, mas as vezes acabamos sufocados sem perceber e desmemoriados. E esquecemos tanta coisa legal e tanta gente legal... E já falei sobre isso. Mas é fato! Infelizmente.
A gente deixa de lado muita gente e muita coisa que nós somos, muitas lembranças lindas e boas. A gente esquece da gente.

Eu tinha muitas prioridades na minha vida, na verdade, tinha uma ordem de prioridades. E repito: se eu não fosse uma pessoa que acha que tudo tem um motivo na vida, estaria morrendo de arrependimento agora por causa das minha"s" prioridade"s".
Dei muita importância a amigos que na verdade não eram meus amigos. Eram amigos das suas necessidades, das suas precisões, do que eu podia oferecer. Dei muita importância a amigos que não eram meus amigos, que não gostavam de mim, que usavam máscaras (e as usam, inclusive). Acreditei em gente que sei lá... Enfim... Minha visão sobre amigos e amizade é bem diferente da que eu vejo por aí.
E agora sei que ficaram aqueles que são amigos, sem aspas, sem exagero, sem caracteres... Gente que gosta de mim e que está por perto por que me aceita como eu sou. Gente esperta o suficiente pra sacar quem é a Marina, aquela sem cascas, sem máscaras, sem medos, sem papas ou travas na língua. Meus amigos estão aí, aqui, por aí, lá... Eles sabem diferenciar todas as eus que tanto o nome do meu blog diz. E sabe que aprenderam a gostar?
Essa gente soube e sabe ir além das reticências. E os admiro... Por que eu realmente não sou fácil. Sou complicadíssima, em todos os pontos, ângulos e aspectos, ainda mais por ter ansiedade exacerbada e um TOC perseguinte (você leu isso certo).

Eu peço desculpas, eu corro atrás, eu me importo, eu amo loucamente e profundamente... Mas chega uma hora em que você precisa fazer isso tudo por você mesma. E por todos aqueles que fazem isso por você. E estão aí, aqui, lá, "esquecendo" brigas, esquecendo brigas fenomenais, esquecendo as crises de sinceridade e se divertindo com todas as tuas loucuras e insanidades...
Essa gente real é a que fica.
Essa gente é que a gente leva a vida inteira pra "aprender a detectar". E sentir...

Não desisti de nada. Não perdi nada. Não preciso que ninguém dance por mim.
Eu aprendi a dançar. Sou capaz.
Não é por que as circunstâncias da vida me fizeram enxergar que aquele não era o meu lugar e que eu não precisava mais me submeter a certas coisas e certas pessoas que eu me tornei menos melhor ou mais pior ou menos humana ou sei lá o quê.
Está na hora de rever seus conceitos se amigo é aquele que te oferece uma "breja" e te esconde a verdade. Assim como se você acha que pra se manter amizade é necessário que se continue sendo escravo dos outros... E é melhor fazer silêncio agora.
Está na hora de se rever muitos conceitos.

Não me alegro com tudo o que fiz, mas me alegro pela consciência de minhas escolhas, tudo bem que algumas delas foram escolhidas por medo ou pelo TOC, mas nunca usei de mentiras, nem admiti viver em uma...
"Grandes poderes trazem grandes responsabilidades." diria o Homem Aranha, grandes escolhas trazem grandes responsabilidades diria eu... Ou as escolhas nem eram tão grandes assim... Mas sim a necessidade de se respirar... As vezes posso ter claustrofobia...

Enfim...
Eu precisava tagarelar!

É triste... Algumas decisões são tristes e difíceis de serem tomadas, mas a gente toma e tem que enfrentar as consequências dessas escolhas... Mesmo que o que decorra dela não precisasse ser tão estúpido assim... Eu continuo aqui. E continuo não escolhendo ou selecionando meus amigos por frequentarem os mesmos ambientes que eu ou por terem escolhido caminhos diferentes do que o meu ou por precisarem de mais ar. Certo é que eu não deixo que ninguém se vá antes de perguntar qualquer coisa... Antes que a pessoa se vá... Eu protesto, eu grito, eu brigo... Quando não dá mais, eu deixo, e não tem volta.

É uma pena...
Mas tudo bem... A vida é assim e precisei optar por mim mesma, minha sanidade e minha vida, e claro, por aqueles que gostam da Marina - por pior que ela seja - como ela é.

Beijos!
Marina


Que triste deixar o zumzumzum interferir numa amizade... Que triste deixar partir sem entender... "Que tristes os caminhos se não fora a mágica presença das estrelas..." Mário Quintana