segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ano

Este ano sonhei com um amor.
Ganhei o "meu" amor.
Perdi o "meu" amor.
Fiquei gripada, com tosse, dor no joelho, gripada, tornozelo inchado, com dor no estômago, com alergia.
Partiu uma prima.
Perdi um grande amigo.
Pior de tudo, pensei que tinha um grande amigo.
Fui deixada de lado.
Fui abandonada aos 15 segundos do último tempo.
Fiquei triste.
Fiquei tristíssima.
Chorei.
Quase coloquei a alma pra fora de tanto chorar.
Errei bastante, tropecei mais um tanto. Esfolei mãos, cara e joelhos.
Não passei pra onde pensava que passaria.
Não fui a todos os lugares que eu queria.
Me senti sozinha inúmeras, infinitas vezes.
Não quis mais continuar.

De todas as tristezas, de toda a desgraça, de todas as lágrimas. Para cada momento escuro, para cada instante de solidão.
Nem todo momento existe alguém ao teu lado, mas em todos eles alguém, com certeza, segura a tua mão.

Fiquei sozinha, quis desistir, afundar o barco e me esconder na minha praia, mas a lembrança de cada alma amiga por perto me salvou de todos estes naufrágios deste ano, por que a cada milésimo de segundo em que eu pensava estar sozinha, havia um amigo na lonjura do perto, destas que nem a razão, mas só o coração entende, me empurrava pra frente mostrando que o calor de um abraço perdura por todo o sempre.

Me curei das feridas e dos fortes tombos que levei.
E levo, na minha malinha lilás cheia de frufrus e figurinhas, para o ano que vem todas estas pessoinhas divinas que têm, acima de tudo, o poder de curar toda a dor.

Ou a maioria de todas elas.

Smack!
Eu,
seja lá, qual de todas, neste momento for...

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