domingo, 26 de julho de 2009

...Lá e de volta outra vez...

...Lá e de volta outra vez...

Quando a tristeza é enorme e eu não sei o que fazer, muitas vezes ela volta pra me dar uma diquinha de como é bom - as vezes - a gente ser somente a gente mesmo.
Lá na "minha terra" as noites são longas, as conversas infindáveis, as parecerias são imemoriais e a gente nunca esquece, sempre lembra dos bons e velhos amigos.
Não que nos entendamos super bem, e, analisando friamente a coisa, não que essas amizades sejam super normais... Mas como de perto ninguém é normal, é sempre bom poder voltar ao lar se rever os velhos companheiros, com novas rugas na cara, e aquele vozeirão amigo na garganta berrando um "Meg!!!" quando me "vê".

Eu tenho saudade de gente que talvez nem exista.
Mas tenho saudade dessa gente que já existiu, num passado presente, eterno, e que ainda me inspira e de certa forma guia meus passos por qualquer estrada que eu ande.
Somos andarilhos, hobbits, Bolseiros, elfos. Somos de povos diferentes e esquecidos.
Somos todo mundo ao mesmo passo que somos ninguém.
Somos passado, presente, futuro...
Os guardiões e sobreviventes de uma nova geração que virá em talvez dois ou três anos a bordo de balrogs e nas asas dos senhores águias. Somos os anciãos dessa nova gurizada, que subirá em um ent pela primeira vez e ficará completamente encantada com as falas dos povos perdidos e dos povos antigos que rumaram para outros portos.

Valinor...
É pra lá que eu sempre vou voltar quando a tristeza bater e eu começar a esquecer quem sou...
Não que estando lá eu descubra esta resposta, mas ao menos, lá, a tristeza parece tão distante... E parece até que posso me defender sozinha, altiva e forte, como qualquer meio elfa, meio humana que exista.

Lá, a Megara sempre existe. E nessa lembrança, entre aqui e lá, nessa ponte entre dois mundos, ela e eu sempre "existirá".

Com amor,
Megara

2 comentários:

Lucas disse...

Bem, o que posso dizer? O teu texto me soa um pouco como "Vou me embora para Pasargada", o que não é ruim, nem um pouco, é algo bem normal se sentir assim.

E eu sei como é isso de sentir saudades de gente que nunca se viu, eu também sinto, acredite, prenda linda.

E, para mim, a "Megara" sempre existirá dentro da Marina afinal as duas são, na verdade, uma só.

Bjos do amigo que só a viu uma vez,
Lucas

Daniel Rolim Rocha disse...

Interessante.
Gostei mesmo.
Sou professor da Escola Lucinda de Poesia Viva, cheguei aqui pelo email q vc enviou.
Eu tb escrevo, não sei se é o seu caso, por heterônimos, meus blogs são:
www.ocavaleiroandante.blogspot.com
www.oespelhotrincado.blogspot.com
www.oeumesmo.blogspot.com

Passa lá e me diz o q acha.