sábado, 6 de agosto de 2011

...Igual e diferente...

Eu não tenho um amor pra ir, nem pra voltar.
Você chega em casa, louca de cansada, com maquiagem pra tirar, vestido pra "descosturar" do corpo, cabelo pra desfazer, pés e mãos pra aquecer e tudo segue igual. Não tem ninguém pra ligar e dizer "Ó, cheguei. Estrupiada, mas inteiraça. Saudades. Beijos, tchau."

Não que faça falta um amor pra ir e pra voltar. Ou não que não faça também.
Você para e pensa mil coisas, lembra de mais mil, pensa em treze mil tentativas e motivos e resolver parar com tudo. Quem não presta, ele ou eu?
Na boa?
Vamos esquecer por "um segundo" que as vezes as coisas simplesmente não são pra acontecer, ou que os santos simplesmente não bateram.

É duro receber a sentença: tu não serve pra namorar.
Como disse um amigo meu "Tu continua sendo uma novela mexicana" e abriu uma risada gostosa que só os amigos da gente sabem dar. Acho que sou isso mesmo. hehehe Uma novela mexicana de 1,80m, pé tamanho 40 (ou 39, tudo depende da fábrica), 64kg mal distribuídos (principalmente no nariz), uma fúria do cão, uma paixão desenfreada, um vulcão avassalador, uma fã incondicional, romântica até embaixo da água, sincera até os ossos, medrosa, mas um furacão quando desafiada.

Tô enrolando, né? Acho que Caio de Abreu tinha razão quando disse que as palavras só saem da gente quando "você e elas" estão prontas. E eu acho que eu sei o que queria dizer e sei o que não deveria e sei que não deveria e fico mudando meu foco pra não escrever, pra não extravasar e pra não dizer.
Fui testada, retestada e testada de novo. Questionada, argumentada e posta à inquisição.
Quando fiz o mesmo, recebi um "fala com a minha mão" bem lindo na cara.
Por que eu tenho que responder e não posso ser respondida? Por que eu tenho que mentir se eu não gosto de mentira? Por que você fica falando de uma mulher ideal, de um homem maravilhoso, perfeito e "coluna" se faz totalmente ao contrário? Por que pode me tirar da cama às 20 pra 5 da manhã e eu não posso te ligar às 8 da noite? Por que você pode me chamar de meio dia, a meia noite, na hora do trabalho, no fim de semana e eu não posso passar pra dizer "oi"? Por que eu não posso pedir que fale comigo, mas eu tenho que estar a sua inteira disposição pra falar se a foto está bonita, pra dizer tudo o que você quer ouvir, pra ser uma artificialidade que você exige mas eu NÃO SOU?

Qual é a graça, o sentido, o sei lá o quê de mexer com quem está quieto, pra oferecer um suporto mundo cor de rosa e na hora do "pega pra capar" você sair correndo e me acusando de coisas que nem sei o que são?
Um elogio. Uma desgraça.

Sinceridade dói, né?
Não sei quantas caras tem você, mas entre a que apresentou como cartão de visita e a que mostrou como cartaz oficial, a distância é pra lá de enorme.
Entrei em pânico, em desespero. Não digo que ainda me estabilizei por completo, mas me convenço cada vez mais que o problema É VOCÊ.
Não sou de todo doida, nem de todo santa, mas não entrego todo o jogo pra alguém que não sabe nem dar um mínimo de segurança. Pra alguém que prega lindas palavras e sai correndo na hora de provar a consistência do que diz. Sou a "miss imperfeita", mas você... Você... Deixa pra lá.

Não sou um corpo. Não sou um pedaço de carne. Meus sentimentos são intrínsecos ao meu sangue, às batidas do meu coração e a cada sopro de ar dos meus pulmões.
E acho que se você não consegue enxergar isso, só posso lamentar. E muito. Por que há algo nesse teu mistério-confuso todo que me chamou, que me atraiu. Mas jamais posso conceber a ideia de dar todo meu corpo, meu sangue e o ar de meus pulmões para alguém que não sabe a real significação da palavra "respeitar". Alguém que não me admira, que não gosta de estar comigo, que não consegue enfrentar o doce-furacão que sou, realmente... Não merece quem e usou. Nem receber a pessoa transformada e melhorada que eu poderia ser.

Somos muito parecidos pra ser verdade.
Podemos ter nossas "divergências musicais", mas você sequer imaginou que até isso é mutável, e respeitável.

Mas acho que de repente eu entenda um pouco de você: é difícil se enxergar no outro, não? Topar de frente com alguém que tem a mesma docilidade, as mesmas fragilidades e o mesmo veneno que a gente correndo no corpo, né?

Aiiiiiiiii piazinho. Como eu te adoro e te odeio!

Eu...
Qual delas...?


xxxxxxxx

Eu sei que ainda "voltaremos". No assunto. Não na dupla.

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