sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Minhas mãos estão cansadas... Ou nem???

Hoje li uma frase (que não vou postar aqui) que falou fundo... Me fez pensar em várias coisas.
E hoje, a pergunta que mais grita na orelha (há um bom tempo, na verdade) tem muita "compatibilidade de gênios" com uma música do Nenhum de Nós que diz assim
"... Minhas mãos estão cansadas/Não tenho mais onde me agarrar/Eu não vou mais me (lhe, te...) segurar/Vou deixar que você se vá..."
No encarte do Acústico 2 você poderá ver que os guris dizem que tanto faz "me, te, lhe" segurar.

Até que ponto é desistência, até que ponto é descanso, até que ponto a gente se permite retroceder um pouco pra conseguir respirar e seguir em frente?
Até que ponto a gente deve seguir, insistir, tentar e continuar?
Até que ponto?
Qual é o ponto onde devemos parar, pensar e tentar descobrir se devemos continuar segurando com força, ou largar tudo de vez?

Desistir é uma palavrinha bem complicada, cheia de ângulos e olhos. Persistir, insistir requerem muita força, coragem, fé e uma pitada de amor próprio, muitas vezes.
Quando nos damos conta que respirar é difícil, que ouvir é algo penoso, que ver é depreciativo, que há algo estranho no ar, é preciso parar e respirar muito mais do que parar e pensar. Pensar exige um esforço grande, contínuo, exige físico, emocional, psicológico. E de tanto pensar a cabeça pode entrar em curto circuito, então é bem neste ponto que respirar faz a diferença...

Se eu prosseguir, perco tudo...
Seu eu parar por aqui... Posso perder mais ainda...
Ai meu Deus!? O que eu faço? O que é correto fazer: ter esperança e lutar, ou lutar e morrer?

Ir pra frente exige escolha, voltar para trás também. Ficar parado... Também!!!! Tudo será decisão, tudo implicará em ganhar e perder. Tudo implicará em ganahr-se e muito, em perder-se...
Mas será que as vezes não é necessário perder-se um pouco pra se ganhar (ou ganhar-se)?

Quando minhas mãos estão cansadas e não tenho mais onde me agarrar tudo dói, a cabeça gira, o coração aperta, fico sufocada e com a alma na mão... Como sou parte bobona, eu choro, fico triste, calada, quietinha... E não sei pra onde correr.
Minhas mãos estão cansadas.
Não sei se devo me agarrar ou deixar-me morrer...

Quando eu penso que não há mais por que lutar... Eu penso melhor e vejo que há sim por que lutar.
Sim... Pode ser uma grande besteira conseguir encontrar razões para lutar, não desistir, acreditar... Mas, como diz a propaganda: sou brasileiro e não desisto nunca!

Ei, tudo o que realemnte vale a pena, não pode fenecer.

Bom findi,
Beijos,

Bicho da Goiaba

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