domingo, 5 de dezembro de 2010

Fim, fim, fim OU O que não tem início, nem meio ou fim

Correria. Assim poderia ser descrito o ofício daquela noite. Nada mau para fechar um dia de igual expressão: correria.

Era entrega um prato ali, prepara outro aqui, corta mais pepino, estão pedindo queijo, querem copa, rápido com o salame, busca mais galeto, limpa a bandeja de batata. Com licensa, por ali, por aqui, pra lá, rápido! E num repente a paisagem mudou... Aquele querido, o monumento secreto, o sonho dos nossos consumos, a alegria de nossos olhos, o bonitinho de nossos corações adentrou no ambiente, oferecendo seus serviços, sua ajuda, e exaltando secretamente nossa paz de espírito.

Ah se ele me concedesse uma dança, uma mísera dança, uma dancinha se quer...

No meio da correria, repentinamente o mundo para... Como as cenas lentas de Matrix... Daqueles repentes que mal se acredita, mal se sonha, mal se vive... Ele, aquele símobolo dos sonhos inatingíveis interrompe a louca movimentação, naquelas cenas de cinema, e na voz mais doce e suave do Universo "profere":
- Nina... ... ... ... Quando começar o baile...........
Meio milésimo de segundo: não se pdoe acreditar! Não se pode crer, ver, estar! Não acredito! O coração galopeia... Ele vai...
- Podemos tirar os buffets.. ... ...?
- Sim. Quando começar o baile.

E acabou-se mais uma história... Que nunca começou.

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