sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PA-PO

Andamos tão cansadas...
Mil coisas a fazer, pensar e planejar. Tudo sempre acontecendo ao mesmo tempo, e no fim, nada acontece...

Todas estão cansadas. Cansadas da solidão, da tristeza, do carrossel de altos e baixos, de sobes e desces, de idas e idas.
Algumas alertam que é chegada a hora de cartões e agradecimentos sinceros... Mas nenhuma tem vontade de escrever nada, de dizer nada, nem de mostrar nada. Estão todas cansadas se serem elas mesmas sem serem ninguém. Cansadas de gritar mudamente, de ouvir, de correr, de cansar e descansar.
Nada muda no mundo...

E tudo muda.
A idade chega, mas nada parece mudar. Elas olham para trás e não enxergam caminho nenhum. Nenhuma residência, tampouco alguma coluna, viela, trilho. Nada. Nenhuma construção.

Há sim os pequenos e indeléveis prazeres da vida... Mas daqui há pouco, restará alguma lembrança?
Mudar o quê? O quê mudar? Para onde seguir quando as paisagens nunca mudam?

Premonições... Será que existem ou são apenas reminiscências de uma esperança?

Sei lá... Andamos tão cansadas, que nem esperar mais se sabe... Se crê.

Então, quem sabe, depois de dormir mais de 8 horas, quem sabe, alguma ideia fresca apareça na cabeça...

Mas é tão cansativo andarmos todas tão "sós".

Eus

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