quinta-feira, 21 de março de 2013

O nada

Como é boa a perspectiva do reencontro com tanta gente lendária, conhecida, desconhecida, imaginária, inimaginária, de tantos lugares, passados, presentes e futuros...
E como é complicado esse reencontro. Um reecontro com um passado que prometia um futuro que não aconteceu, um reencontro com tantas andanças e descaminhos, com tantas histórias pra contar e tanta coisa pra não contar. Um medo, um sufoco do que ERA pra ser, mas não foi. Bate uma vergonha, um medo, um pânico, um pavor. A necessidade de enfrentar algo que escapuliu, que passou, que não foi.

É bom e é ruim.
Dá uma vergonha de existir, de ser, de estar, de viver e ser tão pouco, tão menos... De ter dormido por tanto tempo... E acordar agora, assim, nesse mundo louco que passou voando enquanto se dormia, enquanto se omitia, enquanto...
É bom o reencontro, mas não é bom. Alguém vai perguntar sobre o que se fez da vida e será preciso contar o grande nada que se assomou, o grande nada em que se transformou.

Essa é a vida, a grande caixinha de surpresas. Que prega peças, que engana, desengana e desencanta.

No final das contas, eu aposto que vou fugir desse enfrentamento, desse reencontro com algumas das melhores melhores (assim mesmo) pessoas da minha vida. Eu dormi tempo demais, não fiz o que queria ter feito, tracei e segui um descaminho só. E acho que vou fugir mais uma vez, em grande estilo, "saída estratégica pela direita"...


É um saco... Não se ter esperança, nem perspectiva, desistir de qualquer coisa, se deseperançar é triste. E o que me resta.
Ou talvez só seja inferno astral...

Boa noite.
Marina

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