quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Lulunorices...

Você já foi trocado?
Já se sentiu humilhado, enxotado, o pano de chão do mundo por ter sido trocado por algo, ou talvez pior, por alguém?

Hum... Só quem passou por isso, sentiu na carne a sensação de "eu sou um lixo" sabe o que é se sentir pior do que algo, menos do que aquilo, inferior a tal... Isso sem contar as diversas e infinitas perguntas que vêm pairar na sua cabeça para tentar assombrar ainda mais a situação...
"Por que é melhor do que eu?", "O que ela tem de melhor?", "Por que eu não fiz isso antes?", "Por que não aquilo depois?", "Por que não me compreendem?", "Por que presumem?", "Por que eu não posso ter uma chance?", "O que tenho de ruim?", "O que não tenho mais de bom?" E por aí segue, e segue mesmo o baile.

É terrível se sentir trocado por algo, que aparentemente não tem nada melhor do que você.
É cruel ter que ver que existe algo muito melhor do que você, e você (tontinho da vida) não consegue nem enxergar uma vírgula, um pontinho, uma coisinha sequer de melhor naquilo que te atingiu bem em cheio, bem no pino de centro.
E nem deve ter nada de bom mesmo...
O ser idiota (estúpido) é tão burro que nem sabe ainda enxergar o que você tem de tão bom.
Deixa assim, vai. Um dia a casa dsaba, a cortina caí e alguém se dá conta.

Ser trocado é uma lástima, um erro, uma tristeza sem fim.
Dói tanto...
Incompreende tanto...
A gente fica sem saber o quê do quê por quê...

E como magoa...

Mas eu nunca havia cogitado a hipótese de ser posta totalmente à prova na cara dura...
Foi "ofensa", dano demais...
Golpe baixo, bem baixo...

E eu tive que ouvir, num dia frio de rachar "Ô vó, ou sacolé ou a Marina!"
Em sua ampla sabedoria em meio metro de gente, Luiza impôs sua vontade.
Uau! Ufa!
Enfim, ganhei e sobrevivi pra contar!

E o sacolé...
Hummmm... Ele também!

Viu só? Eu ganhei!

Beijos,
Prima da Lulu

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O "Mimoso" que roubava cadernos

Sabe que me ocorreu uma coisa...
Dentro desses diversos universos que se escondem dentro de mim, esse silêncio, essa sensação de "sei lá o quê" estavam me atormentando um pouco... E eu acabei lembrando de uma coisa, na verdade, lembrando mais ou menos, por que um dos meus mecanismos de defesa é excelente, trabalha mui bem, e deleta copletamente certas datas (deveria apagar outras lembranças também - seu ineficiente! retiro os elogios que acabei de dar)...
Agosto se torna um pouquinho sombrio e triste para mim, por que esconde - numa destas datas deletas -, mascara, a lembrança de um dia meio friozinho, de céu azul e lindo em que voltei do trabalho, segui minha rotina e fui levar minhas cachorras pra fora (fazer xixi sendo mais precisa). Olhei pro céu e, apesar de amar tirar fotos de qualquer coisa que os olhares mais supérfluos digam inanimados, bater uma repentina vontade de tirar uma foto do céu...
Eu não fiz isso.
Mas também nunca esqueci daquele céu azul, com nunvens branquinhas, branquinhas, daquelas que você olha, e de refletir o sol, chaga a doer nos olhos.
Esse foi um dia bem estranho e só o entendi quando tocou o telefone, eu sabia que era para mim, o "sufocamento" estranho passou, atendi e recebi uma notícia lá...

A sensação de sufocamento passou, para dar espaço a uma sensação de vazio e... Solidão? Impotência? Arrependimento? Tudo "xunto reuníto" (como costumávamos dizer na escola, época do segundo grau...)?

Vamos lá, e começa a sessão "passa a diante"...
Caralho, que merda.
Essa foi a frase do Rodolfo.

Têm cenas, têm frases, as expressões não saem da minha cabeça.
É dose se reunir e ter que procurar as pessoas pra dizer assim "oi, tudo bem?" (mas que tudo bem da onde, velhinho???? Ele diria), "olha, tenho uma coisa pra te contar..."

Foi um negócio assim que foi aquele dia de agosto, que mesmo que tente, eu não consigo lembrar a data. Não esperem todos os detalhes, por que eu acho que não quero contar. Foi um negócio estranho, um estampido seguido de um silêncio profundo, cortante, dolorido... Sei que foi nesse dia que eu peguei medo de silêncios e de "me deter", de me economizar, de ter vergonha, de ficar com vergonha, de pouco falar, de nunca dizer.

Culpa tua Roger, velhinho!

Ele me ensinou que não existe depois, só existe um "tempo verbal de ação", o AGORA.
A gente nunca se aprofundou em saber quem eram nossos pais, nossas cidades, nossas vidas fora da escola. Compartilhamos aulas, ajudas, bagunças, tirações de sarro de professores, trabalhos na horta, danças no CTG da escola, a preocupação dele com meu coração, amigos de escola...
Uma amizade não precisa de um livro de história, precisa de sentimento, de verdade, de companheirismo, de risadas...
Mas faz falta dizer né...
Uma vez, numa guerrinha de giz enquanto a professora estava de costas, ele me acertou um giz no meio da testa!
Cara, ninguém imitava melhor a profe "Cabelo de fogo" do que ele!
Uma vez, nos fizemos um interrogatório voltando de uma visita técnica. Ahhhhhh, ele ia para as zonas de meretrício e contava pra gente como era. hahaha Quantas risadas....

A última vez que o vi, um ano antes, ele estava com seu carrinho vermelho, todo metido a gostosão (ah, ele podia, era lindo! Grande, "forçudo", divertido, alegre, amigão... Mimoso. Quindim!!!!!).
Ele se despediu de mim, me deu um abraço.
Quando ia soltar eu segurei. "Ah, deixa abraçar mais um pouco".

Foi o abraço mais apertado e bom que eu ganhei.
Sabe aquela frase que todo mundo sempre diz "faça como se fosse o último da sua vida"?
Pois é, então, esse foi o nosso último abraço...

Beijão especial pro Gordo, o Mimoso, o Quindim, ou simplesmente, o Roger!
*Meu fã de carteirinha, que roubava meus cadernos de escola pra ler as poesias que eu escrevia... Essa é pra ti, meu eterno amigo!*

E um beijinho pra todos vocês,
Marina - Agricolina

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Aviso aos navegantes

Hum...
Adorei! As controvérsias começaram a aparecer.

Esqueci de avisar uma cosita sobre meus e nossos escritos: nem sempre o que se lê é o que está escrito. E isso é a grande graça da leitura.
Eu escrevo, Nina escreve, Megara escreve, outras eus escrevem...
Eu leio diferente, Nina sente outra coisa, Meg vê outro ângulo, você vê outro, ele lê outro...

As vezes o que está escrito é bem isso que é. As vezes o que está subentendido é o que é.
Nem tudo está escrito em palavras. Os sentidos também falam.
A alma sabe escrever. O coração pode sentir. E ninguém pode entender...
Não estou aqui para explicar, nem talvez, para confundir.

Até por que tia Meg aqui não escreve claramente para os olhos...
Escreve bem mais para o substrato dos seres...

; )

Beijos,
Todas as Nós

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

E o Google não é Deus...

Prenda regional não sente frio, não sente fome, não sente sono, não sente nada.
Essa foi a frase que marcou o dia da última fase do concurso regional de prendas... Uma vez, uma amiga disse sob um sol escaldante e um calor infernal abaixo de camadas e mais camadas de tule e de um vestido de prenda "Tu é uma prenda e não a Mulher Maravilha".
Prenda não pode mascar chiclete, não pode agarrar um amigo, não pode pedir colo, não pode estar de mau humor, não pode estar de cara lavada, não fica triste nem felicíssima, não sente dor, não pode ficar brava, e também não pode chorar.
Prenda de faixa tem que ter sorriso estampado na cara 205% do tempo, tem que ser amiga de tudo e de todos, deve pedir licença, desculpas e obrigada. Alguns acrescentariam a esta lista um grande "e deve andar de orelha baixa o tempo todo".
...
É...
Eu acho que entregaram a faixa para a pessoa errada...
...
Uma prenda diz sim para todos, e diz não ao modismo, ao inovador demais, aos galanteios baratos (e aos caros também), senta de perninha cruzada, coluna ereta, fala certinho, inclusive todos os "Ss" e todas as vírgulas de cada palavra. Tem que acordar cedo e dormir tarde, correr de um evento a outro, ser modelo de comportamento, cultura e inteligência, é... E tudo em cima do salto da sapatilha, sem descer a classe.
A portadora da faixa é bela, elegante, nobre, eficiente, culta, inteligente. Entende de história, de guerra, de música, de tradição, de chimarrão, de culinária, de artesanato... É um modelo de tudo que for predicado. Ela é o sujeito, a ação, o espelho, a etiqueta e a história em pessoa.
Ela é a dona dos olhares, das ações, das atitudes e a senhora de todos os atos.
Não deve sair da linha.

Uma prenda não pode falar muito, não deve se expor, não pode declarar tanta opinião, nem traços de rebeldia...
É um ser supremamente antigo na modernidade de nossos dias...

É... Entregaram a faixa pra prenda errada...
Por que ela chora, ela sente, ela se irrita e fica extremamente indignada.
A Primeira Prenda se decepciona, fica cansada, machuca os pés com sapatilha apertada, fica sem respirar com espartilho comprimido, ela vê, ela enxerga, ela não acredita... Se revolta, não acredita, ela vê tudo o que acredita se acabar... Ela fica louca de revolta, e no meio do barulho o silêncio se faz presente.
Em meio a guerra de idéias, ao rebuliço de emoções, a tantas palavras, leis e regras ela grita...
A Primeira Prenda não acredita..
O grito é reprimido e apertado. Novamente sua boca se fecha...

Por que a Primeira Prenda tanto estuda, se toda a lei não é cumprida?
O que acontece quando ela vê que não adianta estar escrito, não adianta se comportar, não adianta chegar cedo, ficar de boquinha fechada? Será que ela entendeu a Carta que leu?
Não...
Ela não tem nome, ela não tem idéias, ela não tem vontade.

A Primeira Prenda retoca a maquiagem, ajeita a faixa no ombro, respira fundo e sorri...
O Google não é Deus... E Deus mudou de nome...
Ainda bem que Ele deu mais que um rostinho de porcelana e uma faixa de couro ao seu peito... Por que abaixo de todas as camadas de laquê, tecidos e fitas, ela tem sim algo que sua Carta de honra prevê... Ela tem muito mais do que isso, e isso tudo não veio acompanhado do pedaço de bicho morto, nem foi requisito de todas as provas que passou...
Pra tirar a alma do gaúcho precisa um pouquinho bem mais...

Com dor e carinho,
Nina

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ser ou não ser? Quem és é a questão...

Oie...

Quem sou eu?
Hum... Boa perguntinha sem resposta.
Talvez uma louca sem noção, ou com noção de mais para enxergar qualquer coisa muito rapidamente ou que esteja na frente do próprio nariz. Uma guria, uma moça, uma criança, uma criatura, uma fadinha lilás, uma guerreira Ciméria, uma prenda...

Língua afiada, nariz comprido, jeito engraçado. Se fala pouco, não fala, se abre a boca, fala demais. Sem modismo, sem vocação pra mulherão, sem vocação pra ser jeitosa e toda arrumadinha.
Acredito em fada, em duende, em sapo, em história de príncipe encantado. E desconfio de todos eles ao mesmo tempo. Acredito em muitas coisas e aprendi a desconfiar da maioria delas também.
As vezes penso demais, as vezes penso de menos, e geralmente entre em ação a qualquer momento - pra variar, certamente é o errado... Procuro não economizar sentimentos, nem esconder o que sinto. Exlodir, entrar em erupção, ferver. Derreter-se, açucarar-se, doar-se. Enfim e pra variar, trocar os pés pelas mãos.

Meio desengonçada, mas praticamente 1,80m de puro doce amargamente esculpido, se bem que esse amargo anda fazendo detalhes demais nessa escultura mal feita, de pele, ossos, alma e muito coração.
Não sou boa, não sou má. Sou um ser humano bem normalzinho até demais. Sou sempre um misto de tudo e qualquer coisa, estando aqui, quero estar lá, pensando aqui, com a cabeça bem pro outro lado. Chorona, sentimental, forte, dura, enrijecida, enferrujadinha também, mas sempre com a bendita anteninha ligada, procurando a próxima estação de esperança se aproximar.
Acredito no impossível. E se for impossível demais, mesmo assim eu sinto e sonho...
Não queira me descobrir, não tente me contrariar. De perto eu assusto, já falei, sou normal demais... Talvez isso é que assuste, todos são normais "pra dentro", eu sou "normal demais" pra fora. E é bem por isso que escrevo...

Agora, tente descobrir quem sou, quem somos, o que vemos, sentimos e pensamos...
Não se assuste, não sou um pesadelo. Insisto e repito: pra me saber, tem que ter coragem de ir mais além dos três pontinhos finais...

Um grande beijo,
Marina
Megara
Nina e
todas as demais

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Alô, alô... Testando...

Isto é somente um teste...
A besteira, o ridículo e o prelúdio do fim do mundo vêm depois... Beeeeemmmm depois.