quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um abraçooooooooo pra valer

Nem sei se falarei de abraço... Sei que ganhei um abraço que valeu por uma existência inteira hoje.
Como é bom ganhar abraços de verdade, não? Sem compromisso, sem interesse, sem mesmice, sem qualquer pretensão. Só um abraço de verdade, de "oi". Sincero! Talvez esta palavra defina bem.

Falando em "sincero", foi isso que acabou gerando isso tudo de hoje...

"Pra ser sincero" é o nome do livro que o Humberto Gessinger escreveu para contar a história do Engenheiros do Hawaii, falar de letras, etc, etc, etc. Descobri ontem, por acaso (santo Twitter), que ele estaria autografando aqui em Bentocity, logo, corri contar pra minha irmã, que é fãzoca dele.
E então, hoje fomos nós duas fazer algo que não fazíamos desde, desde... desde um tempo remotamente esquecido... Fizemos um programa de irmãs!

Eu pronta pra bater fotos dela com ele (repetindo aS cenaS de algunS anoS atráS). Bom, desta vez, e por causa dela, tirei uma foto com ele também. Nem precisei dobrar os joelhos... Ele é do meu tamanho!!!!! (Pra alguém do meu tamanho, isso é "felomenal" - sorry Vequinho...)

Buenas...
Minha irmã é mais nova do que eu. Sempre pareceu mais velha do que eu em atos, atitudes, decisões... Eu sou a romântica à espera do príncipe encantado, a eterna criança, sempre adolescente, indecisa e imagineo resto, prefiro não me rebaixar muito hoje. Ela sempre foi a senhora de si, decidida, cabeça super feita, empresária, casada, dona de uma Kombi e de uma loja e portadora de carteira de habilitação. Eu, bem... Saí ao avesso das previsões de todo mundo que nos conhece... Acho que ela também.

Enfim, ver minha irmã, no 3º andar do shopping, olhando lá pra baixo, pra ver o Humberto... É bem coisa de Marina!
*risada gostosa*
Me senti irmã mais velha.

Já vi ela fazendo essa cena. ALIÁS, já a vi tendo "chilique" de fã, ficando nervosa, gaguejando... Tudo perto do distinto senhor Humberto Gessinger (gente boníssima, simpático, atencioso - pra mim isso é que é ídolo - só pra constar: os meus são assim!). Mas sei lá... Ver ela com toda a idade que tem (menos 3 de mim...), babando, me deixou surpresa...

Encontrei meu peão, fui conversar com ele, volto e a encontro sentada num banco por perto. Fazendo o quê???
Só olhando.

...

Tem cena mais bonita?

Já falei aqui que prefiro nem imaginar minha cara de "palhaça" perto do Nenhum... Palhaça não, de boba...

Pedi se ela queria trocar de lugar comigo pra ver melhor, ela disse que não...
E aí meu baque bem forte ressurgiu, com a conversa... E a percepção de que somos mesmo irmãs...

Sabe quando o mundo rema contra a maré dos teus pensamentos? Das tuas ideias? Do que sente e "enxerga" além do que "vê"?
Ela disse que o legal mesmo era ir ali, prestigiar. Comprar o livro, pegar autógrafo, conversar um "longo" papo {- Oi - Oi - Qual teu nome? - Lorenza - Obrigada - Ah, posso bater uma foto? - Claro - Obrigada - Tchau - Tchau}, ficar pertinho, SÓ OLHANDO, e descobrir que vale a pena estar ali, só estar ali, pagar um CD, um DVD, um livro, entrar no site, prestigiar. Mostrar que se gosta e deu. Pronto. Descobrir, numa sessão de autógrafos, que o caro pra quem "você deu dinheiro" merece cada centavo e cada demonstração de carinho.

Flaei pra ela, por que lembrei naquele exato momento - da última vez do Nenhum aqui num bar, quando me vi sozinha com as gurias de Porto e estávamos nós no "baita" camarim "tchacolando". Eu muda. calada. Apenas LÁ.
Lembro de eu estar sentada na cerquinha que dividia os lugares, parada, quieta, só ouvindo. O Veco, mais queito e mudo do que eu, talvez morto de cansaço, sentado na mesma cerquinha, há uns 0,50cm de distância, parado e mudo e quieto também.
Não me lembro de me sentir estranha... Ou lembro de me sentir estranhamente... Legal? Não sei... Ah, não sei. Eu era apenas uma fã sem assunto, que não sabe o que conversar, mas que estava ali, aproveitando o momento. Vendo, ouvindo, estando por perto...

No São Pedro não foi diferente. Não tenho muita coragem de pedir foto, talvez aquele lugar não fosse meu, mas deles, e aí esta´a grande diferença. MAs enfim, pensei "por que eu estou aqui?????" MUITAS INTERROGAÇÕES. "Pra quÊ eu estou aqui?" MUITAS INTERROGAÇÕES.

Não sei...
Mas hoje, minha irmã me ajudou a chegar numa conclusão que talvez eu tivesse receio de ter.
Até por que eu descobri que ela também tem aquela "necessidade" meio estranha de não gostar de se sentir uma formiguinha no mundo, de querer fazer a diferença e ser alguém...

*MODE REALIDADE ON* Bah, já me perdi... Nunca serei uma boa "escritora" se continuar correndo do que eu tenho que escrever... *MODE REALIDADE OFF*

Ser vista? Quase impossível...
O que vale mesmo, mesmo, é colocar o coração pra fora e mostrar que o que "tu faz" vale a pena para mim. Que faz diferença sim.
O que vale é ver, ler, ouvir, prestigiar, estar por perto.
O carinho parece ser tão mudo, mas nos final das contas não é não... É a arma mais estrondosa da face da Terra e encurta muitas distâncias.

Você não me vê, mas eu sempre seguirei você.

O Humberto me proprocionou uma grande reflexão sobre mim, minha parte fã, meus ídolos, e minha irmã...

Muitas vezes eu a odeio com todas as forças... Mas não dá... Eu a amo mesmo assim. Deve ser um amor bem como o que nós sentimos por nossos ídolos... Nos revoltamos, bateríamos, sacudiríamos pra acordarem... A gente não se enxerga... Mas sempre se vê.

Beijos,
Marina

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