quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Desconstrução

Adoro demolições, as faço incoscientemente.
Não nasci para a beleza externa, o cuidado exagerado da forma, o culto ao corpo. Aprendi e cresci cultuando o cérebro, o "músculo" mais trabalhado do meu corpo. Minto, antes deste, vem o coração de manteiga...

Quando descobri que "beleza é fundamental", era tarde, estrias, celulites e muito da vida já haviam passado. Minha cara de preocupada...??? Olha ela... ;o)

Viva a real beleza! Viva a beleza real!

E eu sigo desligada, desconectada desse mundo da moda e plástico. Posso até tentar me embonecar, mas pode apostar comigo, darei um jeito especial de ser de estragar tudo. Quer ver? Bermuda, batinha e ao invés de um sapatinho fofo, um tênis! Meu companheiro, amigo, inseparável! Só não dá AllStar por que minhas patinhas de princesa não me permitem o luxo de usar saia, bermuda, calção ou as famosas Maria João com ele.

Pernas brancas? Eu???
Brancas não, transparentes e reluzentes!
Não quer ver? Olhe pro outro lado. Meu conforto vale mais do que olhares que podem muito bem ser redirecionados a belas platinadas, siliconadas e bronzeadas. Estou mais pra rata de biblioteca do que modelo de praia.

Eu "demulo" tudo.
Não aprendi a ser lindona, gatona, gatosa. Tudo é sinônimo de estar errado, estar vulgar, ter algo esquisito, parecer algo esquisito. Eu semrpe esquece que "os outros" mudaram de país...

Tudo bem, tudo bem!
A mídia do meu país clama por Photoshop... E por reconstruções cerebrais, por anoréxicas e bulímicas e peitudas, e gostosas... Acabei desconbrindo que não é só aqui. A desconstrução cerebral dos povos exige que a namorada seja igual à atriz tal, e lá vai a coitada dar a prova de amor-desamor se submetendo a dolorosa e humilhante intervenção cirurgica atrás de um objetivo e um ideal que jamais chegará.

Quem não ama o que vê, nunca vai amar o que não pode ver.

Desconstrução.
Se alguém resolver me olhar, que olhe demorada e apaixonantemente. Sem complexos, sem culpas, muito menso desculpas.
Eu não sou só superfície, sou imaterial.
Patrimônio da humanidade.
Rata de biblioteca que prefere o defeito real do que a vida alterada mecanicamente a Photoshop e encolida em uma realdiade complemente desaumentada e encolhida... Que vai sendo reduzida a pó.

Beijos,
Nina

Um comentário:

Tamara disse...

E é por isso q tu é LINDA por todos os ângulos Marina!! (eu acho, pelo menos!! =P) Só alguém tão linda por dentro e por fora seria capaz de não tá nem aí pras convenções!! Bjões!!