quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Gato e Rato

Ontem ouvi algo que me soou como uma revelação. Algo que chega numa conversa, no meio do assunto, e que aos nossos ouvidos torna-se um suspiro e chega direto parecendo um suspiro de alívio... Completo, como a continuação do que se passa em nossa mente... Bem assim "Puxa, eu também".

Alguns assuntos e alguams passagens são dolorosos, e tem um silêncio avassalador, por que não há como exprimir, expressar ou fazer entender. Fazer tornar-se audível a ouvidos moucos.

É um corre-corre em que todo mundo se atropela e ninguém se entende, só desentende e esfaqueia e não há alma viva na Terra que tenha a ombridade de desvendar o que se passada, ou de desvendar que o quê se passa não tem nada a ver com físico, mas com psiquíco, emocional, INDIVIDUAL.

Fiquei refletindo...

Ouvi um desabafo igual de alguém com quem travei épicas guerras e nunca tive a menor vontade de compreender. Se de lá não existe compreensão, daqui, muito menos. Sempre bastaram dois "respirares" para os mal entendidos aparecerem e a batalha se instaurar.
Do alto das minhas reflexões e profunda busca por compreender o alheio, fui deixando quieto, fui deixando a vida levar, e muitas vezes, descobrindo que o "inimigo" tinha um meio de ajudar; mostra nova rota, nova arma, fornece munição para o pensamento...

Alguns amigos pensamos que fazemos só de olhar. E tudo é cumplicidade, tudo prova amizade, telefones mudos são enganos... Ué, sem querer - querendo!

Forma gratuita de conversar, dividir e ajudar a pensar.

Ledo engano!

As vezes, quando menos se espera, corta-se as palavras do início e do final, pega-se somente o meio e usa-se a seu bel prazer, modificando a história com gosto para seu gosto e deleite.

"Vou me afastar um pouco para não cansar."

Em síntese, foi essa a frase que me fez pensar.

E fez pensar...

Uma amizade se constrói através de aceitações e não aceitações, de opiniões bem diferentes, de desabafos desatinados, de confissões susurradas, de discordância, de brigas, de batalhas infernais. De ódios, de inimizade, de ignoração.
Um sorriso "amigo" é muito mais falso de que armas postas para disputa.

Não me deixo doer pela amizade interrompida para não se fazer "pegar nojo" de um passado.

E me alegro profundamente por descobrir uma nova pessoa, que se mostra muito mais humana e verdadeira, que no final das contas, sempre esteve lá.

NÃO PROMETO não me bater com a pessoa novamente e sair rolando a tabefes como nestes anos de convivência sempre fiz(emos). Não prometo não discutir, brigar ou discordar - até por que eu DETESTO brincadeirinha idiota e falsa -, mas nada mais vai mudar a pessoa que eu descobri e respeito mais ainda agora.
Amizade, amizade, nunca, never, jamás! Deixa a gente com fama de gato e rato.

Amizade se constrói em campo de guerra principalmente.
Admiração, também.


Beijos,
Marina

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