terça-feira, 2 de setembro de 2008

Anestesia

Sabe quando de repente, não mais que de repente você faz a útima coisa que deveria fazer no mundo?
Sabe quando você sabe o que pode e deve fazer e mesmo assim não consegue criar jeito de frear qualquer coisa?
Sabe quando tudo o que você deveria esquecer é o mais que consegue lembrar? E você vai, mexe, vira, remexe e tua cabeça não saí de lá?

Que tédio de vida quando você pode ter mil possibilidades, criar mil novas invenções, pensar doze mil coisas que prestem e tua cabeça não vem, só fica lá.
Pois então, sabe quando você pensa, e nem é questão de pensar, teu cérebro, teus pensamentos voam, vão além e voltam pra fatos que deveriam apagar completamente de qualquer memória, ou voam longe e acabam projetando o futuro, construindo coisas, vendo miragens futuras... Não, e a topeira do teu cérebro de pitanga não consegue se tocar que para qualquer lado que pretenda ir - ou vá - o negócio é construir alicerces, preparar bases, ajeitar o terreno... E... E... E bem talvez esperar.

Esperar...
Esperar te dou nos cornos! Coisinha mais ridícula de se fazer. Tosquices dos idioats que confiam, que "confiam", que "esperam", que "criam", que se iludem, acreditam, têm esperança...
Povinho mais besta!

Que nojo de olhar pra trás e ver certas coisas no "passado-presente", época de quando se espera(VA) um "presente-futuro" pra conjugar.
Écaaaaaaaa! Cospe no chão e bate na madeira três (mil) vezes que é pra (bem) isolar.
Uhu, passadinho ridículo, de palavras bestas e crenças bestiais...
Éca, dá nojo pensar na burrice dos seres, na ingenuidade das antas, na crença das bocabertas, na verdade das pessoas. Dá nojo lembrar da burrice, que de tanta, dói.

Uhtê cerebrozinho ridículo, besta, brega, chulo. Vidinha tosca, sem vida, sem graça, povoada de desgraça e idiotice.
Péra que esqueci do argumento mais válido e certeiro: estupidez mórbida, congenita, agregada à vida, à esperança, à crença, à certeza, à ilusória alegria, à falsidade dos seres.
Em quem tu confia?
Em quem pode confiar?

Dizem que na escuridão da noite até tua sombra te abandona.

Mas nem com, nem sem sombra, mas nem com ou sem dia, ou tempo, ou idéia, ou certeza, ou razão... Sem nada e sem tudo. Com nada e com tudo. Sempre, sempre, agora e tanto, só existe fingimento e um poço de ridícula ilusão.

Sai de mim pensamento que não te pertence. Sai de mim pensamento que não me pertence.
Some de mim lembrança idiota, mesquinha, fétida, ridícula.
Vai te embora!

Eu pedi ANESTESIA!

...
Sem grandes beijos,
Alguma de nós

Um comentário:

Eric disse...

Viver é boa anestesia, apesar de ser fonte da dor também.